A televisão e o vídeo poderão ser aplicações chave para assegurar o nível de receitas dos operadores 3G na Europa, conclui um estudo recente da Analysys que vê nos novos standards de broadcasting a possibilidade de se reduzirem os custos de transmissão dos serviços de vídeo e TV e multiplicar as opções de receitas de dados dos operadores móveis.



"Os níveis de crescimento e aceitação dos serviços de TV e vídeo em alguns países da Europa fazem prever o sucesso deste tipo de conteúdos", considera Alastair Brydon co-autor do estudo.



O documento chega mesmo a referir que a prazo os conteúdos de vídeo poderão ter um impacto semelhante ao dos serviços de messaging, se os operadores souberem aproveitar esta oportunidade para fazer aumentar as suas receitas de dados tirando partido das tecnologias de broadcasting emergentes no mercado como o DVB-H ou o HSDPA (High Speed Downlink Packet Access) que deverá estar concluída em 2005 e que pretende acelerar as velocidades hoje obtidas no UMTS.



A Analisys explica que os actuais preços do 3G para conteúdos de vídeo dificilmente são rentáveis: um filme de duas horas transmitido a 384kbits e ocupando 300 Mbytes. obrigará o operador a cobrar cerca de 300 dólares para obter uma margem semelhante à conseguida na voz.



O exemplo pretende demonstrar que vídeos com períodos de duração significativos não serão uma boa escolha para os operadores, sublinhando que a oferta de pequenos vídeos permite um equilíbrio entre o que o cliente pretende ver e o operador tem de ganhar.



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