A partir do início do próximo ano a Comissão Europeia vai canalizar 18 milhões de euros para a investigação da tecnologia móvel de quarta geração, LTE. Esta não é a primeira vez que as verbas europeias de apoio à I&D são encaminhadas para o estudo da tecnologia, que daqui por alguns anos substituirá o actual 3 G, permitindo velocidades 100 vezes superiores. Na verdade, desde 2004 que a I&D em torno do LTE é financiada na Europa.

O novo anúncio surge mais como uma forma de deixar claro que a aposta é para continuar e que a UE não está parada nesta área, sobretudo agora que o LTE começa a "tornar-se a primeira escolha deste sector para as redes móveis da próxima geração", como admite o comunicado que dá nota do próximo investimento.

Na Europa decorrem já vários pilotos usando o LTE e em alguns países já estão mesmo definidas datas para o lançamento de ofertas comerciais sobre a tecnologia. A CE cita os pilotos em marcha na Finlândia, Alemanha, Noruega, Espanha, Suécia e Reino Unido, bem como os projectos comerciais previstos para o primeiro semestre na Suécia e na Noruega.

Recorde-se que entre 2004 e 2007 a CE apoiou a investigação sobre optimização e normalização de LTE no âmbito dos projectos Winner I e II, que envolveu um total de 41 empresas e universidades da região. Este projecto mereceu um investimento de 25 milhões de euros e permitiu criar o primeiro conceito de infra-estrutura de rede baseada em LTE.

Estimativas de analistas indicam que até 2013 os operadores do mundo inteiro invistam cerca de 6 mil milhões de euros em equipamentos LTE. A Europa está a desenvolver esforços para conseguir garantir nesta nova geração de comunicações móveis um lugar tão preponderante como conseguiu no GSM, norma para as comunicações móveis de segunda geração desenvolvida na Europa e que acabou por se tornar dominante.