A assinalar os sete anos de vida, que se somam a mais de 70 anos de história de inovação em Aveiro, a Altice Labs está a demonstrar 5 projetos onde o desenvolvimento das comunicações, e a evolução das redes, são pontos centrais, multiplicando a capacidade de largura de banda e aplicando o potencial das redes PON (redes óticas passivas ou Passive Optic Networks na sigla em inglês) e do 5G.
A evolução da rede de fibra ótica é um dos destaques da exposição que a Altice Labs preparou para o evento de aniversário, que decorre hoje no campus em Aveiro e que o SAPO TEK está a acompanhar. É a primeira demonstração real em Portugal com a tecnologia 25G-PON ligada à rede pública, trazendo o potencial de multiplicação da capacidade das redes de fibra para aplicações industriais e empresariais e fazendo a evolução para o futuro como optimização das infraestruturas já implementadas.
Nos últimos 20 anos as taxas de transmissão de dados nas redes de banda larga aumentaram mais do que 100 vezes, de menos de um gigabit no início de 2000 para os 100 Gbps, e a capacidade de suportar larguras de banda cada vez maiores é uma das mais valias destas redes, que em articulação com o 5G garantem a capacidade expectável para as próximas décadas e a maior disponibiliade.
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Conheça os projetos que a Altice Labs está a mostrar em Aveiro e que podem ser aplicados na indústria, empresas, agricultura e nas cidades do futuro.
• UltraBroadband – A primeira demonstração real, realizada em Portugal, da tecnologia 25G-PON ligada à rede pública é um dos destaque da exposição. A Altice explica que mais do que duplica os 10Gbps que atualmente chegam à rede de fibra ótica. "A nova rede de alto débito permite exponenciar aplicações industriais e empresariais em casos em que, por exemplo, a atividade envolva processos de sincronização em tempo real ou grandes débitos de vídeo e dados", refere a empresa.
Cláudio Rodrigues, responsável pelo Altice Labs Viseu e pelo desenvolvimento da área de fibra ótica da Altice Labs , explicou ao SAPO TEK que o objetivo é evoluir para 50G-PON, duplicando a taxa de bitrate.
• Aplicações de Redes Privadas 5G Industriais – O potencial da solução de rede 5G Standalone, Indoor e Outdoor, desenhada para cenários industriais e portuários, está também em demonstração, com a ligação entre um drone e um veículo autónomo de transporte terrestre, simulando a entrega de um equipamento crítico num ambiente industrial. Durante a demonstração, fruto de uma parceria com a Youship e a Beyond Vision, ambos os veículos transmitiram vídeo, em tempo real, através da rede 5G da Altice Labs.
• Realidade Virtual no Ensino da Medicina - A Altice já tinha feito uma demonstração de uma cirurgia remota com o apoio de 5G e a saúde é uma das áreas de aposta da inovação na Altice Labs. Em parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa a empresa está a mostrar como a Realidade Virtual pode contribuir para o ensino médico pré-graduado. "Na prática, trata-se de uma nova forma de ensinar os futuros médicos, colocando-os num cenário simulado/imersivo, através do uso de óculos de realidade virtual, antes de serem chamados a intervenções cirúrgicas em doentes reais", refere a empresa.
Pedro Gouveia, cirurgião no Centro Clínico Champalimaud, explicou ao SAPO TEK que a tecnologia já foi utilizada no piloto com 8 alunos e que na próxima semana o curso da Faculdade de Medicina vai avançar com mais 80 alunos que vão usar a tecnologia na aprendizagem e testes, que considera ser fundamental no processo educativo para reduzir o tempo de formação.
• Comunicações Satélite – A integração de redes não terrestres com as redes 5G é também apresentada como uma das áreas de maior potencial, potenciando as aplicações de nanosatélites para exploração da Terra. A Altice LAbs está a desenvolver uma tecnologia que coloca um terminal 5G/6G no nanosatélite e que, por sua vez, vai comunicar com uma estação base de rede celular, ligando-se assim à rede terrestre. "Esta solução apresenta a Altice Labs como futura fornecedora de sistemas de telecomunicações bidirecionais entre o espaço e a terra", sublinha a empresa.
O laboratório está a constituir um consórcio com o Instituto Superior Técnico e a Universidade do Luxemburgo para juntos candidatarem o projeto à Agência Espacial Europeia. O objetivo é ainda desenvolver um nanosatélite que será uma evolução do ISTSat-1.
Na exposição preparada para o aniversário da Altice Labs está também o primeiro CubeSat universitário português a ser lançado no espaço, ainda este ano. O modelo que foi trazido para Aveiro é uma cópia do que será lançado com a ESA, que já foi testado e que tem de estar resguardado.
• Exploring Data – O funcionamento das duas novas plataformas de tratamento de dados para as cidades e a agricultura fazem igualmente parte dos projetos demonstrados em Aveiro. Para as cidades a Live!Urban vem trazer a possibilidade de concentrar os vários sistemas de gestão urbana baseados em dados, como os serviços de energia, gestão de resíduos, águas, ambiente, facilitando a análise dos decisores responsáveis pela gestão e pela melhoria da qualidade de vida dos habitantes de uma cidade.
Do lado da tecnologia para a agricultura, a Live!Green tem também um conceito semelhante, reunindo e processando dados estatísticos para potenciar a tomada de decisão.
Na exposição está demonstrada a aplicação prática da plataforma nos domínios da produção de banana da Madeira e de uva para a produção vinícola.
Para além destes 5 projetos na exposição há ainda outras iniciativas que estão em desenvolvimento, como o Connected Home, uma evolução do MEO Home que já faz parte da oferta da MEO. Esta é uma aplicação móvel multiplataforma, através da qual passa a ser possível controlar toda a tecnologia de uma casa, tornando-a mais inteligente e sustentável mas também mais segura. A tecnologia já está a ser usada em França, na SFR, com o SFR Maison.
Nota da Redação: O artigo foi atualizado. Última atualização 5/6/34 às 15h32
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