Entre Abril e Junho deste ano venderam-se, a nível mundial, 156 milhões de telemóveis, um crescimento de 35 por cento face aos valores alcançados em igual período do ano passado que estabelece um novo recorde, revela a Gartner. Se o ritmo de crescimento se mantiver, a consultora prevê que os máximos anuais superem os 650 milhões de terminais vendidos, mais 10 por cento do que o projectado no início do ano.



Os dados recentes da Gartner indicam que a Nokia mantém a liderança do sector, tendo mesmo recuperado quota de mercado perdida nos meses anteriores. Os telemóveis da fabricante finlandesa somavam 29,7 por cento das unidades vendidas a nível mundial, quando no primeiro trimestre deste ano a quota se situava nos 28,9 por cento. A ligeira recuperação conseguida ficou a dever-se, segundo a Gartner, à introdução de novos modelos, mas também à redução dos preços praticados.



Apesar da melhoria, a quota de mercado da Nokia continua muito abaixo dos 35,6 por cento registados em igual período do ano passado. Para a consultora, a fabricante viu a sua posição prejudicada pela fragilidade da gama de produtos e pela decisão dos operadores europeus de encomendarem mais telemóveis à concorrência.



A Motorola foi a fabricante que mais telemóveis vendeu a seguir à Nokia durante o segundo trimestre de 2004, arrecadando uma quota de mercado de 15,8 por cento. A Samsung, com 12,1 por cento e Siemens, com 6,9 por cento, assumiram as posições seguintes.



A Samsung, a par da LG Electronics (6%) e da Sony Ericsson (6,6%), também conseguiram tirar proveito do crescimento das vendas no trimestre, aumentando as suas quotas de mercado, enquanto a posição da Siemens baixou um por cento face aos três meses anteriores.



O crescimento global foi incentivado pela "desempenho sensacional" do mercado latino-americano, onde se reduziram preços e lançaram campanhas promocionais, e pelo fenómeno de substituição nos Estados Unidos e Europa, onde os consumidores acabaram por adquirir modelos de características mais actuais.



Já as vendas na região da Ásia-Pacífico registaram um ligeiro decréscimo face ao primeiro trimestre, segundo dão conta os dados da Gartner. Uma situação para a qual contribuiu o controlo económico que reina na China - neste momento o mercado mais importante a nível mundial -, condicionando a procura por produtos de electrónica de consumo.



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