O facto de não ter conseguido ainda um acordo com os outros operadores de redes móveis para que os clientes da TMN e da Optimus utilizem o seu serviço Wi-Fi levou a Vodafone Portugal a adiar pela segunda vez o lançamento comercial do serviço. Paulo Rodrigues da Silva, administrador da Vodafone Portugal, reiterou porém a sua confiança na viabilidade deste serviço, cuja fase de utilização gratuita tem um balanço muito positivo.



A Vodafone Portugal anunciou em Outubro o serviço WLAN, de acesso à Internet através de tecnologia Wi-Fi, sendo o primeiro grande operador em Portugal a revelar a sua estratégia para esta tecnologia. A aposta da Vodafone Portugal insere-se na sua estratégia de mobilidade, complementando a oferta do acesso a dados na rede GSM, com o GPRS, e mais recentemente com a tecnologia UMTS.



Na altura do lançamento, a empresa definiu uma fase experimental gratuita de dois meses que duraria até ao final do ano de 2003, mas que viria a ser prolongada até 29 de Fevereiro face ao não acordo com outros operadores de redes móveis. A empresa viria a definir uma nova data para o arranque do serviço perante a manutenção da situação.



A utilização gratuita dos seus 75 hotspots já em funcionamento mantém-se agora até 1 de Abril, mas Paulo Rodrigues da Silva afirma que se até essa data não for alcançado nenhum acordo o serviço arrancará comercialmente. Porém, sublinha que a ligação comercial entre os diferentes operadores móveis é vantajosa para o mercado e os utilizadores, assim como a possibilidade de outros operadores de redes Wi-Fi usarem a sua infra-estrutura e vice-versa.



Recorde-se que a Vodafone baseou o sistema de obtenção de uma autenticação para uso do serviço nas mensagens SMS, sendo depois o cliente facturado pela utilização da rede Wi-Fi na factura de telemóvel. Mas, este modelo só funcionará para os clientes da Vodafone se a TMN e a Optimus não estabelecerem um acordo comercial com a empresa, que assim se vê impedida de cobrar aos clientes daquelas duas operadoras - que representam mais de metade dos utilizadores de redes móveis em Portugal.



Paulo Rodrigues da Silva garante que para já a empresa não está a pensar num modelo de facturação e autenticação diferente, embora admita que em alguns locais, como Hotéis por exemplo, poderá ser considerada uma nova forma de dar acesso aos clientes.

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