Além do sistema implementado nas Caldas da Rainha, a empresa tem outros projetos nesta área, nomeadamente a instalação de câmaras de videovigilância nas escolas públicas E.B. 2º e 3º ciclos, sob gestão do Ministério da Educação.
Uma outra referência importante neste domínio é o sistema de videovigilância nos Casinos e salas de jogo, ganho através de concurso público internacional lançado pelo Turismo de Portugal.
TeK: Com os vossos projetos, quantas câmaras de videovigilância têm instaladas no país?
António Calado da Costa: O Grupo Oni tem mais de 20 mil câmaras e 75 mil sensores e outros dispositivos de segurança instalados pelo país. Só para a videovigilância das escolas públicas de Ensino Básico do 2º e 3º ciclos, naquele que é o maior projeto de videovigilância IP da Europa, estão instaladas mais de 12.000 câmaras e 47.000 sensores. Já no projeto de videovigilância dos casinos e salas de jogos, estão instaladas mais de 2.600 câmaras.
TeK: Quais as maiores vantagens da videovigilância nos projetos que têm em curso?
A.C.C.: Uma das principais vantagens dos projetos de videovigilância da ONI é a sua completa adaptação às necessidades de cada cliente já que, as características de um projeto como a videovigilância nas escolas são distintas daquelas que são desenvolvidas para, por exemplo, um casino, ou para responder às necessidades de proteção em ambiente rural e florestal. Outra vantagem é a economia de escala que este tipo de instalações permite, uma vez que a evolução dos custos não é proporcional à dimensão do projeto.
Um aspeto assinalável é a facilidade de integração com outros sistemas tecnológicos assim como com a infraestrutura de comunicações dos clientes.
Finalmente, não esquecendo os objetivos intrínsecos a que este tipo de tecnologia visa responder, a principal vantagem destes sistemas é a melhoria da prevenção (pela possibilidade de detetar antecipadamente atividades suspeitas ou indesejadas contra pessoas e bens) e a maior rapidez na resolução de situações que configurem infrações ou ameaças à segurança de pessoas e bens.
Tek: Como poderão evoluir estes sistemas e a sua aplicação?
A.C.C.: Os sistemas de videovigilância que durante décadas serviram o único propósito da vigilância e assumiam-se como uma ferramenta de segurança receberam um novo fôlego no início deste século com a introdução da gravação digital e das câmaras IP, permitindo a estes equipamentos "coexistirem" no universo das modernas redes de comunicação.
Estes sistemas receberam um novo impulso com a introdução de algoritmos e modelos matemáticos de análise de vídeo, conferindo-lhes uma inteligência e capacidade de análise inimaginável ate ao início desta década.
A inteligência introduzida pelos sistemas de vídeo-analítico permite contextualizar as imagens em função de padrões previamente estabelecidos, permitindo a automatização de múltiplos processos no domínio da segurança mas ampliando em grande medida o âmbito da aplicação dos sistemas para efetuar análise noutros contextos, funcionando como ferramenta de business intelligence e de apoio ao marketing. Como exemplos desta utilização ampliada podemos mencionar, por exemplo, a sua utilização enquanto ferramenta de apoio ao controlo e programação de tráfego pedonal ou rodoviário, deteção de incêndios no seu estágio inicial, análise de comportamentos do consumidor num espaço comercial, entre muitas outras aplicações que se podem extrair a partir da contextualização das imagens captadas por uma câmara.
Em resumo, a evolução natural dos sistemas de videovigilância são os sistemas de análise de vídeo ou "vídeo analítico".
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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