A Mind Source passou a orientar a atividade em torno de quatro áreas estratégicas: cloud, social, mobilidade e informação, uma transformação que permitirá à empresa aprofundar áreas de negócio onde já estava presente e explorar novos serviços.



Na mesma conversa Francisco Fonseca falou da forma como as empresas portuguesas estão a encarar a oportunidade da cloud e de como os media sociais transformam já hoje a forma de fazer negócios.



A internacionalização é outra aposta forte da empresa portuguesa, que privilegiou o Brasil e a Polónia, numa primeira abordagem a novos mercados. Esta aposta na internacionalização foi também tema da entrevista, com o responsável a garantir que vê 2014 como um ano de grandes desafios.

[caption]Francisco Fonseca - mind Source[/caption]

TeK: O que representa a reorganização de oferta e estratégia recentemente anunciada pela Mind Source, em termos de organização?
Francisco Lopes da Fonseca:
O novo reposicionamento da Mind Source em termos de oferta representa um momento de viragem na forma como olhamos o "amanhã" junto dos processos de negócio dos nossos clientes, apostando fortemente nas quatro grandes forças Cloud, Social, Mobile e Information. Através do mundo digital será mais visível o uso da tecnologia para os resultados esperados para os negócios, permitindo até que muitas empresas transformem mais rapidamente os seus processos que ainda se encontram analógicos para esta era digital.
Se olharmos para o mercado atual, muitos dos líderes das organizações estão a criar uma cultura de inovação alinhando as suas arquiteturas atuais e futuras, gerindo a procura e a oferta, mitigando os riscos enquanto equilibram oportunidades de curto prazo com a sua visão estratégica a longo prazo.

Acredito que hoje, mais do que nunca, a gestão organizacional terá de garantir, alinhar de forma dinâmica e optar pela utilização de novas tecnologias considerando o seu impacto na estrutura organizacional e na experiência das suas pessoas.
Este novo posicionamento permitir-nos-á olhar para novos segmentos de mercado, ainda pouco explorados, enquadrando esta abordagem não só nos desafios do mercado nacional bem como nas oportunidades de negócio existentes nos mercados externos onde estamos presentes, nomeadamente no Brasil e na Polónia.
Este posicionamento evidencia também a nossa ambição organizacional de estarmos preparados para a transformação a curto prazo das TI's, orientando de forma proativa a nossa capacidade em fazer bem e os skills dos nossos talentos para as realidades emergentes.

TeK: Com esta reorganização estão a criar novas competências na empresa ou apenas a agrupar de forma distinta as valências que já tinham?
Francisco Lopes da Fonseca:
Estamos a concretizar um pouco das duas realidades. Por um lado, estamos a potenciar serviços que já integrados desde sempre no nosso portfólio de competências e, em simultâneo, estamos a orientar novas competências focadas para as quatro grandes forças que hoje sustentam transversalmente todos os serviços constantes da nossa oferta, Cloud, Social, Mobile e Information, sendo estas as responsáveis pela mudança da forma como as organizações experienciam e adquirem vantagens competitivas para os seus processos de negócio no novo mundo digital.

TeK: Como vê a adoção de serviços cloud pelas empresas portuguesas. Como está o mercado português a emergir nesta tendência, com que prioridades e objetivos?
Francisco Lopes da Fonseca:
A análise que fazemos do mercado português mostra que as quatro forças irão tornar as arquiteturas atuais obsoletas. A cloud é a base para esta mudança em duas vertentes, quer pela promoção de uma crescente agilidade dentro das organizações, quer pela otimização a médio prazo da sua estrutura e consequentes custos para a organização.
Acredito que muitos dos gestores nacionais estão conscientes das mudanças tecnológicas que irão emergir já num futuro próximo, exigindo a alteração para uma arquitetura híbrida que tirará partido tanto das tecnologias da organização como da cloud. Atualmente, a cloud é uma estratégia melhor compreendida dentro das organizações, na medida em que as questões relacionadas com a segurança e a otimização dos custos começam a ser hoje avaliadas pelo mercado vendo na cloud uma alternativa segura que trará benefícios para a arquitetura e respetivos custos alocados às TI. Por isso, a cloud será certamente uma aposta que continuará a trazer desafios para o negócio, para as TI's e para a gestão, sendo no futuro o suporte para a concretização dos objetivos de negócio aportando uma maior agilidade, flexibilidade, integração e retorno financeiro. Contudo, esta ainda não é uma prioridade mas será um objetivo delineado para atingir a médio prazo à medida que as necessidades de substituição forem permitindo uma migração gradual, sendo que as forças de vendas destes serviços estão ainda mal preparadas em Portugal para apresentar uma proposta de valor aos seus clientes pois na grande maioria dos casos este é um negócio novo e estão a ser ainda utilizados os skills do passado de hard selling.

TeK: Outra área de aposta reforçada da Mind Source é a do social. Esta é uma área onde as empresas estão de facto a apostar, com uma estratégia e para além daquilo que é manter um perfil no Facebook ou noutra rede social?
Francisco Lopes da Fonseca:
Mais do que nunca o social media faz parte da nossa vida pessoal e profissional. As redes sociais, pessoais e profissionais estão a influenciar drasticamente o desenvolvimento de novas aplicações e de novos interfaces. Desta forma, o que hoje em dia é meramente adaptado ao mundo do desktop irá promover o desenvolvimento de novas aplicações e de interfaces baseados na dinâmica e na integração com as redes sociais.
O social está a "ganhar terreno" e a conquistar fãs em diversas áreas da organização, do marketing aos recursos humanos, das vendas à logística influenciando inevitavelmente a liderança executiva e a estratégia de negócio. A mudança de comportamentos exige que as organizações desenvolvam processos formais direcionados para o social media como promoção de vantagens diferenciadores no core business da organização, independentemente do sector de mercado. É já sabido que uma presença nas redes sociais é diferenciadora e exigível no momento da tomada de decisão de consumo, mas também no acompanhamento pós-venda, onde as principais organizações têm ainda muito pouca presença pois sabem que pode ser um ponto sem retorno se não for feito bem e por enquanto preferem perder algum negócio para não arriscar perder tudo como já aconteceu. As iniciativas que existem funcionam ainda de forma maioritariamente manual mas que ainda assim se tornou num canal mais célere e eficaz que os restantes, sejam call-centers ou delegações físicas, pois a exposição é muito superior e requer uma resposta rápida. Com a definição formal destes processos e com as ferramentas certas ajudamos já hoje as organizações a melhorar o receio deste mundo ainda desconhecido para tantos.
A aposta no social media está a também a mudar os dispositivos e os fundamentos da gestão, exigindo a mudança de organizações hierárquicas e equipas para comunidades que, muitas vezes, ultrapassam as próprias fronteiras da organização. Esta nova estratégia irá transformar a curto prazo o processo de tomada de decisão, a descoberta de novos insights, a otimização de recursos, a ligação emocional do utilizador com a marca e os resultados para o negócio.

TeK: Em termos de oferta o que tem a Mind Source para oferecer neste domínio?
Francisco Lopes da Fonseca:
As soluções desenvolvidas pela nossa equipa permitem analisar o impacto do social media visando descobrir insights sobre clientes e produtos, permitindo ao marketing digital implementá-las como parte dos seus processos organizacionais. Sabemos que nos meios sociais são partilhadas opinião entre consumidores, o que permite analisar e compreender expectativas, atitudes e comunicar mensagens críticas para o sucesso do negócio. Para atingir resultados de sucesso deverá sempre existir uma estratégia alinhada com a compreensão de níveis de envolvimento do consumidor e ferramentas a utilizar. Os serviços Mind Source promovem o assessment do estado atual da consumerização na organização e desenvolvem operações multicanal centradas no utilizador alinhadas com o contexto, maturidade organizacional e objetivos definidos pelo cliente.

TeK: A empresa tem comunicado a expansão do negócio para outras geografias. Que balanço pode fazer dessa aposta e que planos estão delineados para o próximo ano, no seguimento dessa estratégia de internacionalização?
Francisco Lopes da Fonseca:
Estamos a viver cada mercado como uma realidade distinta, integrada naquilo que é já a nossa experiência, projetos realizados e casos de sucesso em diferentes sectores, o que promove não só o nosso know-how e cultura de trabalho como aporta novas visões enriquecendo-nos como consultores.
Acredito que 2014 irá trazer desafios mais exigentes que continuarão a colocar à prova as nossas competências como equipa, quer em Portugal quer nos mercados externos onde estamos presentes. Enquanto organização, partilhamos a ambição de consolidar o posicionamento da marca Mind Source, desafiando os nossos clientes a transformar de forma mais positiva o seu negócio e as suas pessoas, apostando mais na inovação e na criatividade de novas soluções, evidenciando como estas novas tendências do mundo digital já estão a influenciar os seus negócios.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

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