Em entrevista ao TeK, o diretor-geral da Opensoft adianta que parte da estratégia da tecnológica portuguesa assenta agora numa internacionalização sustentada e com foco nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), onde já vai tendo projetos, em alguns casos.

A empresa mostra-se otimista em relação aos objetivos traçados para 2015, uma vez que, no final do primeiro semestre, já contava com um volume de negócios contratado superior ao do ano anterior.

Em 2014, a Opensoft alcançou um volume de negócios na ordem dos 2,8 milhões de euros, o que representou um crescimento de 17% face ao ano anterior.

TeK: Quais as diferenças mais incontornáveis entre a Opensoft de há 14 anos e a Opensoft de 2015?
José Vilarinho: Há 14 anos lançámo-nos no mercado como startup, com três a quatro pessoas. Hoje, somos mais de 50. As diferenças são evidentes, quer na forma como trabalhamos, quer na forma como nos organizamos e nos apresentamos no mercado. Tivemos de evoluir ao nível de métodos e processos de trabalho tentando, na medida do possível, manter a agilidade e flexibilidade que nos caracterizou no início.

TeK: O que “obrigou” a essas mudanças?
José Vilarinho: O mercado obrigou-nos a mudar. O crescimento orgânico surgiu na sequência de novos contratos, e trouxe a necessidade de nos organizarmos de forma diferente, para conseguir dar resposta, com qualidade, às solicitações dos nossos clientes.

TeK: Como foram os primeiros anos da empresa? Que lutas travaram?

José Vilarinho: A principal luta ou dificuldade com que nos deparámos foi o reconhecimento do mercado. Concorremos com algumas empresas de renome nacional e internacional, e temos de conseguir sobressair entre elas. Há um trabalho contínuo de construir uma marca, uma reputação.

TeK: E quais consideram ser as vossas maiores vitórias?

José Vilarinho: A grande vitória é o reconhecimento da qualidade do nosso trabalho por parte dos nossos clientes. E, de alguma forma, termos a reputação de não falhar prazos e de conseguir sempre levar a cabo os projetos a que nos propomos.

Tek: Com quantos colaboradores contam neste momento? Divididos por que áreas?

José Vilarinho: A Opensoft conta neste momento com um total de 54 colaboradores, a grande maioria na área de desenvolvimento de soluções à medida. Depois temos duas a três pessoas alocadas aos produtos e outras duas a três em funções de staff/suporte.

Tek: Neste momento qual a vossa estratégia de negócio? Que áreas estão a abranger e em que mercados estão a apostar? Porquê?

José Vilarinho: A nossa estratégia passa por continuar a crescer, cada vez mais a olhar para o mercado internacional. Os PALOPs são os alvos preferenciais, e onde fazemos um trabalho mais sistemático, pela proximidade cultural, linguística e legislativa, que facilita a nossa entrada, mas consideramos também outros mercados, de forma mais casuística.