Depois de apostar num modelo de representação via parceiro, que se manteve por vários anos, a Panda Security está desde o início do ano em Portugal de forma direta.



A alteração de modelo representou ajustes na estratégia que têm vindo a ser postos no terreno ao longo dos últimos meses.



A Panda, empresa especializada na área da segurança informática, já foi representada em Portugal pela Eurocarisma, que em 2008 foi adquirida por um fundo detido pelo empresário Paes do Amaral. Em 2009 passou para as mãos da Reditus.


TeK: O que mudou na estratégia da Panda para passar a representar-se de forma direta no mercado português?

Nuno Reis: A intervenção direta resulta de um acordo com o anterior representante exclusivo em Portugal. A Panda Security está presente em Portugal desde 1997 e tem uma posição e reconhecimento de marca relevante pelo que queremos potenciar o desenvolvimento do mercado.



TeK: Estavam insatisfeitos com a situação anterior?

Nuno Reis: Diríamos que não se pode avaliar esta decisão como base na insatisfação mas sim como um mútuo acordo, positivo para ambas as partes dentro da estratégia da Panda Security de estar presente directamente nos mercados onde tem maior representatividade.



TeK: Com uma presença directa em Portugal passaram a ter objectivos mais agressivos. O que pretendem em termos de clientes e volume de negócios para este ano?

Nuno Reis: Os objetivos de 2013 são ambiciosos especialmente no segmento corporativo. Em 2013 assistimos a vários lançamentos. Temos o Panda Cloud Office Protection Advanced, um sistema anti-malware baseado na web com proteções anti-malware para postos, servidores, correio eletrónico ,device control e url filtering. Também lançámos o Panda Cloud Systems Management, um serviço cloud based que garante inventariação de hardware e software, monitorização de sistemas, ferramenta de suporte remoto e tickecting e reporting; bem como o Panda Endpoint Protection, uma solução on-demand onde conjugamos o anti-malware com patch management e device control avançado.
Em resultado desta estratégia e apesar de se tratar de um mercado em recessão esperamos um crescimento face a 2012 na ordem dos 15%.



TeK: A área empresarial será uma das grandes apostas. É aí que estão à espera de melhores resultados em termos de angariação de clientes e negócio?

Nuno Reis:
A área empresarial sempre foi a unidade com maior volume de negócios e quota de mercado. O trabalho realizado junto do mercado vertical Governo será para manter, bem como uma aposta muito incisiva no mercado privado, sobretudo através das parcerias de canal.



TeK: Qual a dimensão da equipa em Portugal?

Nuno Reis:
A equipa residente nos escritórios em Lisboa conta com 15 elementos vocacionados essencialmente para o suporte técnico e para a área de acompanhamento de clientes - vendas e marketing. Esta unidade dá apoio a mais de 300 revendedores especializados em diferentes áreas e mercados. Todos os produtos e serviços com suporte local e em português.



TeK: As ameaças e as fragilidades de segurança das empresas são hoje muito semelhantes nos vários mercados e países. Ainda assim, consegue identificar algumas características mais relevantes ou destacadas no mercado de segurança em Portugal (aspectos que o caracterizem)?

Nuno Reis: De acordo com a nossa experiência podemos afirmar que as ameaças apesar de semelhantes resultam na grande maioria dos casos de algumas falhas de actualização - quer seja nos sistemas operativos quer seja nas actualizações de software terceiro. O Pacth Management; por exemplo, é uma das áreas de aposta da Panda Security sendo totalmente crítica para garantir correta protecção dos sistemas e utilizadores.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico