A produtora de software Be Incorporated anunciou recentemente a demissão do seu presidente e director executivo, o francês Jean-Louis Gassee. Por sua vez, o quadro de direcção da companhia escolheu Dan Johnston, conselheiro geral da Be, para ocupar o lugar deixado vago por Gassee. Os directores da empresa estão actualmente a ponderar de devem ou não iniciar um processo de antitrust contra a Microsoft.



Em Agosto, a Be aceitou vender os seus bens e propriedade intelectual à fabricante de PDAs Palm por 11 milhões de dólares (12 milhões de euros ou 2,4 milhões de contos) transaccionados em acções desta última. Três meses mais tarde, os accionistas da Be aprovaram a venda e votaram favoravelmente pela dissolução dos restantes pertences da empresa.



"Isto é a evolução normal dos acontecimentos numa companhia que está em vias de se dissolver", afirmou Gassee no comunicado divulgado pela Be. Acrescentou que Dan Johnston "está melhor posicionado para conduzir a companhia através dos pormenores do processo regulamentar de dissolução e para ajudar o quadro de direcção a determinar se um processo antitrust contra a Microsoft é viável e poderá servir para maximizar o valor detido pelos accionistas".



De acordo com um aviso no site da empresa, está marcado para o dia 16 de Janeiro um leilão público dos seus restantes bens. Um ex-executivo da Apple, Gassee fundou a Be em 1990 e o sistema operativo desenvolvido pela empresa foi bastante elogiado. Uma das suas inovações era a funcionalidade de multitarefa, ou seja, de correr vários programas em simultâneo, antes mesmo de os outros sistemas operativos disponíveis no mercado o fazerem.



Mas a tecnologia inovadora não se traduziu em vendas. A Be não conseguiu ganhar aceitação junto dos consumidores e dos fabricantes de hardware. Entre o leque das suas poucas vitórias encontra-se o acordo realizado com a Sony para que a empresa japonesa utilizasse o Be OS no eVilla, uma Web appliance que custava 500 dólares (561,7 euros ou 112,6 contos). Mas a Sony decidiu subitamente em Agosto de 2001 descontinuar a produção deste dispositivo, poucas semanas depois de ter sido lançado. Os executivos da companhia nipónica argumentaram que essa decisão se deveu a problemas de "estabilidade e usabilidade".



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