http://imgs.sapo.pt/gfx/84125.gif A aposta na tecnologia sem fios, na inovação e na radiofrequência são as máximas da Logitech, que acaba de realizar o primeiro evento em Portugal, culminando, após nove anos no mercado espanhol, com a abertura de uma nova sucursal em território nacional.
A Logitech atravessou a fronteira para entrar definitivamente nas opções de compra dos consumidores portugueses. E acaba de dar o primeiro passo na relação com os distribuidores através da aproximação geográfica.
O TeK foi conversar com António Serra, agora representante da marca no nosso país, que acumula também a função de director comercial, para conhecer os planos futuros de negócio e a estratégia da empresa em terras lusas.
TeK: Porque é que a Logitech só agora se instalou em Portugal. Quais os planos previstos a curto prazo?
António Serra: Fui contactado pela Logitech para instalarem aqui o escritório para servir de apoio ao mercado instalado. A passagem da fronteira deveu-se na minha opinião ao crescimento do volume de negócios. À medida que o mercado português da Logitech foi crescendo e ganhando mais potencialidades (embora se tenha iniciado tardiamente) surgiu a necessidade de abrir pontos de exploração em sítios determinados. Embora já tenhamos um mercado base instalado de distribuidores, este ainda precisa de amadurecer, pois se há aqui 10 milhões de potenciais utilizadores Logitech, na Espanha existem cerca de 45 milhões. Há muito caminho a percorrer.
TeK: A Logitech Portugal trabalha apenas com distribuidores?
AS: Só e exclusivamente com a Companhia Portuguesa de Computadores (CPC), a Ingram-Micro, a Solbi, a C2000 e um distribuidor de características um pouco diferentes, que é a Databox para as marcas Dexxa e Labtec.
Somos três na delegação portuguesa a fazer o contacto diário com os nossos distribuidores, porque para nós a venda divide-se em duas partes: o sell in (renovação de stocks, gamas optimizadas para dar resposta ao mercado); a fase do sell out (ajudamos os hipermercados, os grandes espaços e as cadeias especializadas a gerar pedido, verificamos a correcta colocação de preços, incrementamos a venda, repomos se for caso disso e respondemos a questões).
TeK: Como se processa esse relacionamento com os distribuidores?
AS: Realmente pensamos que a relação com os distribuidores deve ser privilegiada e por isso eles são o nosso primeiro e último contacto. No entanto, centrarmo-nos também no Corporate Business, no Original Equipment Manufacturer (OEM). Estamos também presentes em todas as fases do negócio, ou seja, podemos criar uma situação de raiz desde o contacto com o cliente final, no decorrer do desenvolvimento e acompanhando ainda a intervenção de um distribuidor. Temos armazéns situados na Holanda e distribuidores locais em cada país.
Para além disso, uma grande conta requer tratamento especial e diversos parâmetros: só um distribuidor deve estar no negócio e devemos ter nós (delegação) o ónus da entrega, a alocação e personalização dos produtos. Não queremos passar para terceiros a responsabilidade do cumprimento dos prazos. Sempre que possível fazemos o negócio a três, cada um com as suas funções bem definidas.
TeK: Qual foi último grande negócio da Logitech Portugal, na área das grandes contas?
AS: O último grande negócio foi efectuado com o Banco Best na venda de uns milhares de ratos, no âmbito de uma campanha promocional de recepção aos novos clientes que assinam o contrato de adesão.
A Logitech pretende realizar algumas acções promocionais com alguns produtos de merchandising da Labtec em alguns pontos de venda para dar a conhecer a marca.
É difícil encontrar produtos Logitech em Portugal, porque os distribuidores ainda não estão sintonizados e têm algum receio em apostar. Os distribuidores querem fazer volume de negócio e os produtos Logitech ainda não são sinónimo de volume como os PCs ou impressoras, a marca tem de ser trabalhada.
Os nossos parceiros devem perceber que podem ganhar dinheiro com este negócio, que o consumidor quer comprar os produtos, mas para isso tem de os encontrar à venda nas lojas da especialidade.
O negócio Logitech é bonito e preocupa-se com as pessoas, não é um negócio de camião Tir ou de pallette. Os produtos ergonómicos Logitech, como é o caso do teclado Cordless Desktop Optical com a funcionalidade iNav, provam isso mesmo, tendo na base um estudo de consumidores.
TeK: Fale-me de planos para o futuro e expectativas de negócio?
AS: É regra de companhia não divulgar cifras locais, só falamos em termos de volume global de negócio. Este ano iremos tentar ultrapassar a barreira mítica de mil milhões de dólares.
Mas posso dizer-lhe que em Portugal 60 por cento do nosso negócio são teclados, com a localização em português, que tem grande importância pelo valor que factura.
A lógica é sermos contactados pelos distribuidores ao longo do ano, mais particularmente em Setembro e Outubro quando têm de colocar em armazém o que querem vender durante o Natal. E claro que é uma marca da moda que o cliente final português procura, mas que até agora pouco encontrava à venda, esperemos que isso mude entretanto.
A Logitech possui a tecnologia sem fios, a radiofrequência e estamos preparados para o Bluetooth, quando o seu uso se vulgarizar. As pessoas sabem que andamos sempre à frente em termos de inovação, de design e de qualidade...Isso posso garantir.
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