Por Jorge Silva (*)



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Longe vão os tempos em que o CIO (Chief Information Officer) e o CMO (Chief Marketing Officer) trabalhavam de forma autónoma e separada. Nesses tempos, uma disquete era o supra-sumo do arquivo digital e o feedback que o consumidor poderia produzir teria que passar por vários canais, desde os correios, departamentos, até aos vários escritórios.

Hoje, com o advento da Web 2.0 e o armazenamento em Cloud, os métodos de recolha dos conhecimentos dos clientes para fins de investigação e desenvolvimento evoluíram. Tal como a disquete se tornou uma relíquia, também a noção de que CIO e CMO não devem trabalhar em conjunto perdeu sentido.

Assim, torna-se fundamental incorporar, de forma produtiva, o feedback dos clientes. Aliás, 30% dos líderes empresariais (1) acredita que, até 2020, os clientes serão a principal fonte de ideias para novos produtos e serviços.

Além disso, com a evolução no armazenamento digital, os bytes de ontem são os gigabytes de hoje e terabytes do futuro. Ou seja, o volume de dados gerados entre cliente e administrador cresceu exponencialmente. Mais, a tendência é para aumentar anualmente até 40%(2) o que origina a discussão na temática de como tirar o melhor partido do conceito Big Data.

Portanto, a colaboração entre CIO e CMO é a chave para a simplificação da inovação conduzida pelos clientes. Para tal, certas diretivas devem ser seguidas para que esta relação venha a dar os frutos pretendidos:


  • Com 43% das organizações europeias a confiarem no processamento manual para as transações dos documentos importantes das suas empresas (3), é fulcral digitalizar todas as informações em papel;
  • Com o envio diário de cerca de 293 mil milhões de mensagens de e-mail (4), a implementação de Managed Document Services (serviços de gestão documental) permite uma fácil e eficiente gestão da informação;
  • Por fim, devem-se integrar todos os documentos com informação, quer digitais de origem, quer por digitalização dos documentos em papel, que são fundamentais para as empresas num sistema de software ERP (Sistema Integrado de Gestão Empresarial).

Desta forma, fica pavimentada a estrada que leva à criação de valor empresarial a partir dos dados, graças ao aumento da agilidade e capacidade das organizações em dar resposta às necessidades do mercado e dos clientes.
Este salto qualitativo traduz-se numa maior colaboração, numa visão mais clara, num tempo de processamento reduzido e numa maior segurança das informações.

(*)Diretor de Marketing da Ricoh Portugal

Referências :
(1) Economist Intelligence Unit. Executive Summary – Frontiers of disruption: The next decade of technology in business. Sponsored by Ricoh. October 2011.

(2) McKinsey Global Institute. Big Data: The Next Frontier for innovation, competition and productivity. May 2011.

(3) Coleman Parkes Research, The Ricoh Process Efficiency Index, June 2011

(4) http://royal.pingdom.com/2011/01/12/internet-2010-in-numbers - 107 trillion emails sent on the Internet in 2010. The share of emails that were spam was 89.1%