TeK: Apesar dos esforços da indústria de software, o índice de utilização de aplicações ilegais não tem reduzido significativamente em Portugal nos últimos dois anos. Quais são as vossas perspectivas de evolução para 2004 e quais as medidas delineadas no combate a estas infracções?

Manuel Cerqueira – Presidente da Assoft

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Esta "guerra" tem muitas e diversificadas batalhas. Quando pensamos ter uma frente controlada abre-se outra. Não podemos culpar o estado da Economia e a falta de investimento pelo elevado índice da pirataria em Portugal.
Outros valores se levantam onde entra nomeadamente o lucro fácil e a nossa falta de responsabilidade colectiva para banir os infractores.
De qualquer modo pensamos que as empresas já começaram a verificar que isso não será solução e pouco a pouco vão entrando no bom caminho.
A evolução para 2004 e mercê da consciência que se vai incutindo nos diversos operadores será de uma gradual baixa nestes índices contudo não prevemos mais de 2 ou 3 pontos percentuais.
Temos a firme vontade das autoridades que fiscalizam este ilícito de continuar com as inspecções às empresas e isso além de ser um factor extremamente dissuasor, juntamente com os casos que se vão desenrolando nos Tribunais farão que isso se torne num objectivo.
Por outro lado os autores do software vão por um lado tornando as mais acessíveis, por outro vão criando os indispensáveis sistemas de segurança e anti-cópia endurecendo o combate com os infractores.
Em suma, 2004 será mais um ano onde nova e mais dura legislação (leis do ciber-crime e anti-spam) poderão tornar esta batalha mais acesa e profícua para todas as partes.

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Perspectivas 2004 – Mais optimismo para o Ano Novo