TeK: Numa altura em que os números de vendas de computadores assemblados em Portugal aumentam face aos vendidos por empresas internacionais, pensa que esta é uma tendência para manter ou reforçar durante o ano de 2004?

Maia Nogueira, presidente da Associação Portuguesa de Fabricantes de equipamento Informático
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Em termos gerais, podemos dizer que 2003 foi um ano razoável para o sector dos computadores. Muito embora, neste momento, ainda estejamos a 2,5 semanas do final do ano altura em que foi pedido o comentário], e como sabemos no sector das TI´s ainda muitos negócios podem acontecer nestas últimas semanas, citando os dados oficiais do mercado, como, e.o. fornecidos pela IDC, concluímos que podemos considerar o fecho do ano com uma evolução próxima dos 12% a 14% face a 2002. Interessante neste contexto é que as empresas nacionais que fabricam ou assemblam computadores representam 28% de share neste mercado e revelam um crescimento homólogo de 18%. A grande força deste crescimento esteve centrada no crescimento do mercado de consumo doméstico.
Para 2004, prevê-se um crescimento mais modesto no mercado nacional de PC’s que em 2003, na ordem dos 6,5%, sendo que a previsão aponta para o retorno do investimento por parte das empresas que, numa estratégia de modernização e de optimização das suas actividades, iniciam um novo ciclo de investimentos em TI´s. Por parte da Administração Pública também antevemos grandes investimentos que podem, no entanto, continuar vedados às marcas nacionais de computadores se a legislação não alterar ou se a Central de Compras do Estado não abrir brevemente um novo concurso para a homologação de novos fornecedores de computadores.
Para garantir uma oferta de qualidade e competitiva ao mercado, a APFEI em nome da indústria nacional de computadores tem, para 2004, objectivos que visam a modernização, melhorias da organização, e o reforço da investigação e inovação dos seus associados. Sem estes componentes combinados, corremos o risco de continuar a ser apelidados, em particular no mercado dos computadores pessoais, de fornecedores de ‘marcas brancas’. Esse estatuto não se pode continuar a colar em 2004 a uma indústria nacional, que hoje em Portugal fabrica equipamentos de elevada qualidade, segundo os mais altos padrões tecnológicos, com recursos e meios humanos especializados.

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Perspectivas 2004 – Mais optimismo para o Ano Novo