Na altura os astrónomos acharam estar a ver o nascimento de uma estrela, mas era precisamente o contrário. Decorria outubro de 1604, quando o alemão Johannes Kepler começou a observar a agora conhecida como supernova SN1604 a "olho nu".
O telescópio espacial James Webb localizou traços de uma estrela de neutrões no centro de uma nebulosa em redor de uma supernova. Até agora não tinha sido possível observar o fenómeno que os astrónomos já tinham antecipado em modelos teóricos.
Desta vez, o telescópio James Webb captou uma imagem incrível do que sobrou de uma estrela que explodiu há cerca de 340 anos, com detalhes nunca antes vistos. Trata-se da já conhecida Cas A, que tem os seus “restos” a 11.000 anos-luz de distância, na constelação de Cassiopeia.
O espetacular álbum de fotografias do espaço acaba de ser reforçado pelos nossos telescópios espaciais favoritos. Enquanto o “velhinho” Hubble deu de caras com uma enorme bola de estrelas, James Webb apontou a uma supernova conhecida, revelando novas estruturas.
Ao longo de um ano, o telescópio espacial Hubble seguiu o fim de vida de uma supernova localizada na galáxia espiral NGC 2525, a 70 milhões de anos-luz de distância da Terra.
Pela primeira vez na história da humanidade os astrónomos podem ter presenciado a transformação de uma estrela num buraco negro mesmo diante dos seus olhos - ou melhor dizendo telescópios.