Julho foi um mês que contou com várias descobertas astronómicas importantes, que estão em destaque numa nova coleção de imagens selecionadas pelo projeto Astronomy Picture of the Day (APOD) da NASA.
Na altura os astrónomos acharam estar a ver o nascimento de uma estrela, mas era precisamente o contrário. Decorria outubro de 1604, quando o alemão Johannes Kepler começou a observar a agora conhecida como supernova SN1604 a "olho nu".
O telescópio espacial James Webb localizou traços de uma estrela de neutrões no centro de uma nebulosa em redor de uma supernova. Até agora não tinha sido possível observar o fenómeno que os astrónomos já tinham antecipado em modelos teóricos.
Desta vez, o telescópio James Webb captou uma imagem incrível do que sobrou de uma estrela que explodiu há cerca de 340 anos, com detalhes nunca antes vistos. Trata-se da já conhecida Cas A, que tem os seus “restos” a 11.000 anos-luz de distância, na constelação de Cassiopeia.
O espetacular álbum de fotografias do espaço acaba de ser reforçado pelos nossos telescópios espaciais favoritos. Enquanto o “velhinho” Hubble deu de caras com uma enorme bola de estrelas, James Webb apontou a uma supernova conhecida, revelando novas estruturas.
Ao longo de um ano, o telescópio espacial Hubble seguiu o fim de vida de uma supernova localizada na galáxia espiral NGC 2525, a 70 milhões de anos-luz de distância da Terra.
Pela primeira vez na história da humanidade os astrónomos podem ter presenciado a transformação de uma estrela num buraco negro mesmo diante dos seus olhos - ou melhor dizendo telescópios.