A supernova, conhecida como SN2018gv, foi avistada pela primeira vez em janeiro de 2018. No mês seguinte começavam as observações do telescópio espacial Hubble.
O estudo fez parte do programa de investigação do Prémio Nobel da Física, Adam Riess, juntamente com o Space Telescope Science Institute e a Universidad Johns Hopkins, em Baltimore.
O time lapse centra-se na galáxia espiral NGC 2525. O Hubble registou a luz da supernova, que parece uma estrela muito brilhante nos limites dos "braços" da espiral. A SN2018gv começa por ser uma das estrelas mais brilhantes da galáxia, que depois começa a perder a sua luminosidade o longo do período em que dura a observação.
As supernovas são grandes explosões que marcam o fim da vida de uma estrela. O tipo de supernova destas imagens, conhecido como supernova Tipo Ia, tem origem numa anã branca num sistema binário próximo e deriva de material da sua estrela companheira.
"Nenhum fogo pirotécnico terrestre pode competir com esta supernova, registada em toda a sua glória desvanecente pelo Hubble", refere Riess acerca do time lapse
Se uma anã branca atinge uma massa crítica (1,44 vezes a massa do nosso Sol), o seu núcleo fica suficientemente quente para iniciar a fusão de carbono. Isso desencadeia um processo termonuclear que funde grandes quantidades de oxigénio e carbono em questão de segundos. A energia destrói a estrela numa violenta explosão e lança matéria a 6% da velocidade da luz. As supernovas do tipo Ia atingem um brilho 5 mil milhões de vezes maior do que o do Sol, antes de desaparecerem.
Como as supernovas desse género produzem um brilho fixo próprio, tornam-se ferramentas úteis para os astrónomos que as usam como "fitas métricas cósmicas" a partir das quais é possível calcular a distância até si e, portanto, até às suas galáxias.
É isso que a equipa de Adam Riess pretende fazer: medir a distância a galáxias como a NGC 2525, porque isso levará a conhecer com mais precisão a velocidade com que ocorre a expansão do Universo.
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