Se tudo correr como planeado, o helicóptero chegará a Titã em 2034, voando sobre dezenas de locais na lua do gigante Saturno, em busca de processos químicos pré-bióticos que foram comuns na Terra primitiva, antes do desenvolvimento da vida.
De todas as atmosferas conhecidas, a de Titã é a mais semelhante àquela que se pensa ter existido na Terra primitiva. É por isso que está a ser usada em testes para futuras observações de exoplanetas, como um estudo conduzido por uma equipa de investigadores portugueses.
É verdade que as matérias que compõem Titã são totalmente diferentes daquelas que compõem a Terra, mas as parecenças visuais entre o maior satélite natural de Saturno e o Planeta Azul são inegáveis.
Embora os cientistas já tivessem encontrado concentrações da molécula ciclopropenilideno em nuvens de gás e poeira espacial entre sistemas de estrelas, nunca a tinham detetado numa atmosfera como a de Titã. A descoberta ajudará a NASA a preparar a missão Dragonfly que está prevista para 2027.
Através de uma ferramenta criada por Geronimo Villanueva, cientista planetário no Goddard Space Flight Center, a NASA revela agora como seria observar um pôr-do-sol em Urano, Marte, Vénus, Titã, a maior lua de Saturno e ainda em TRAPPIST-1e, um exoplaneta a 40 anos Luz da Terra.
Com dados obtidos pela sonda Cassini entre 2004 e 2017, uma equipa de investigadores construiu um mapa que mostra que Titã pode ser um dos melhores “cantos” do sistema solar para procurar vida extraterrestre.