Victus é a nova gama de computadores de gaming da HP, que passa a substituir a linha Pavilion no segmento. Trata-se de um posicionamento de gama de entrada no gaming, para jogadores menos exigentes ou sem orçamento para aceder aos modelos de topo da Omen. O objetivo desta linha é oferecer aos jogadores computadores portáteis com capacidade para correr razoavelmente bem os jogos mais exigentes do mercado, com uma vasta gama de configurações de processamento tanto da Intel como da AMD, com uma variação de preço mais abrangente.
E para demarcar o posicionamento desta nova marca, o seu logotipo é representado por um V prateado, colocado na sua tampa, mas que a HP diz que também é a metade de um diamante que representa a linha Omen. Ou seja, o ADN de gaming está presente, para um público que deseja pagar menos por uma máquina de gaming.
O portátil apresenta um ecrã generoso de 16,1 polegadas, mas isso também se reflete num computador de grandes dimensões e pouco amigo da portabilidade: pesa 2,450 kg. Com este modelo, a HP volta às linhas estéticas clássicas da marca, apresentando uma cor azul escuro “petróleo”, uma cor que a fabricante utilizou bastante em modelos anteriores. O seu design geral não tem um tom “agressivo” típico dos computadores de gaming, mas sim uma simplicidade, mais próxima do Pavilion, piscando desta forma a uma utilização mista, ou seja, a nível profissional.
Veja na galeria imagens do portátil:
Conte, no entanto, com uma construção feita essencialmente em plástico, material que certamente ajudou a reduzir os custos deste modelo. O ecrã tem molduras finas no topo e nas laterais, o que contribui para uma maior área de display.
Pessoalmente gosto deste design simples, capaz de passar despercebido numa reunião de trabalho, seguindo a tendência dos computadores multifacetados, desdobrando-se entre o trabalho e o lazer. Mas dispensava as arestas e cantos afiados que a marca utiliza nos seus equipamentos, pois deixa vincos e marcas nos pulsos, magoando em momentos de utilização prolongada.
No habitual teste de abertura do ecrã, não terá qualquer dificuldade em abrir a tampa com apenas um dedo, uma vez que a sua base é bastante pesada.
É um portátil de gaming, mas não abuse…
O computador tem um ecrã com uma taxa de refrescamento de 144 Hz, mais que suficiente para as exigências dos jogos atuais, sobretudo aqueles que precisam de uma resposta rápida nas partidas online, como um CS: GO ou Valorant. E a imagem tem boa qualidade, ainda que limitada a uma resolução máxima de 1080p.
Por norma, pela exigência dos jogos, jogar em modo bateria significa uma experiência com constantes abrandamentos da fluidez, sobretudo nos títulos mais exigentes. Durante o teste experimentei Lost Ark, que é um MMO recente free-to-play, que corre em configurações básicas. Neste caso, jogar ligado à corrente ou em modo bateria não se notou qualquer diferença de performance, mantendo-se ligado durante cerca de duas horas de autonomia. No caso de uma utilização menos agressiva, como a navegar ou a ver vídeos, o portátil não terá problemas em aguentar-se umas seis ou sete horas.
Claro que a fasquia foi aumentada com God of War, a adaptação do jogo exclusivo da PlayStation 4 e o seu comportamento foi totalmente diferente. Mesmo em modo de desempenho, com efeitos desligados, o jogo tinha alguns abrandamentos (mesmo ligado à corrente). O jogo é exigente para este modelo, obrigando a baixar os efeitos para “original”, numa experiência semelhante à PlayStation 4. Obviamente que para jogos como God of War e outros que vivem do grafismo, os jogadores devem procurar os modelos da linha Omen. Este é um portátil para jogadores casuais ou para quem procura partidas online onde os gráficos não são o mais importante.
Existem diferentes configurações, mas no caso do modelo que foi enviado para teste deixa um pouco a desejar: tem um processador Intel Core i5 de 11ª geração a 2,70 GHz. E a memória não ajudou, com apenas 8 GB de RAM, que atualmente é muito pouco para os jogos mais modernos ou exigentes. O standard atual é de 16 GB, apesar do modelo suportar até 32 GB de RAM. Conta ainda com um SSD de 500 GB e com uma placa gráfica dedicada GeForce 3060 da NVidia. Não deverá ter dificuldade em aumentar a memória e SSD, uma vez que a base tem parafusos Philips, para aceso fácil ao seu interior. O modelo conta também com processador alternativo da AMD.
Um dos pontos altos deste portátil é o som. O equipamento tem colunas construídas pela Bang and Olufson, debitando músicas “encorpadas” e em surround, sem destorcer quando se puxa pelo botão de volume. Seja a ouvir músicas no YouTube, a ver um filme ou mesmo a jogar, estas colunas respondem bem, destacando-se os seus graves, mas também os baixos volumosos.
Herança do conforto
Praticamente todos os modelos da HP beneficiam de uma configuração semelhante de teclado, oferecendo uma experiência confortável de escrita e este Victus não é exceção. O teclado retroiluminado (sem os habituais LED coloridos dos teclados de gaming) é suave, com teclas que oferecem uma sensação de pressão durante a escrita. E mesmo a jogar é bastante confortável. As teclas são enormes e bem espaçadas, muito graças ao seu chassis gigante.
O conforto também é medido pelo calor acumulado na área do teclado, sobretudo ao longo de sessões mais prolongadas de jogo. E este Victus respondeu bem, mantendo-se fresco. Mas no que diz respeito à dissipação do calor, as suas saídas estão localizadas ao longo da sua traseira, com um ângulo que impede este subir na base do ecrã. Assim, não só mantém a área do teclado arrefecido, como não incomoda o utilizador quando decide jogar com o equipamento ao colo. Muitos modelos disparam o calor na base do computador, projetando o ar quente para as pernas, tornando-se desconfortável ao longo da sessão.
Relativamente à conetividade, o portátil apresenta duas entradas USB-A 3.2 na lateral direita do equipamento. À esquerda vai encontrar mais uma porta USB-A com alimentação, uma USB-C com suporte a Thunderbolt, HDMI e rede. Tem ainda um jack 3,5 mm para auscultador. O modelo tem uma fonte de alimentação com entrada porta, por isso não ocupa o USB-C, garantindo assim a ligação de diversos periféricos de gaming que necessite. Também não conte com nenhum sensor biométrico de impressões digitais.
A nova linha Victus da HP pretende claramente preencher o procurado segmento de entrada dos portáteis de gaming. Jogadores sem exigências que querem uma máquina para jogar títulos FPS competitivos, sem puxar pela máquina. Mas ao mesmo tempo um modelo discreto, que possa ser usado em ambientes profissionais ou escolares. E ao substituir a sua linha Pavilion, assume-se como concorrente entre o Lenovo Legion 5 e o Asus TUF F15. Pena que seja demasiado pesado para carregá-lo para qualquer lugar, ficando-se pela secretária de casa.
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