Experimentamos tantos smartphones que já estamos "viciados" em equipamentos de topo de gama, mas mesmo assim a nossa análise do Huawei Mate 30 Pro comprovou que o novo telefone da marca chinesa é "uma grande máquina" a nível do desempenho, do design, da qualidade do ecrã e da fotografia. A grande incógnita é a utilização da versão aberta do Android, sem os Google Mobile Services, e do impacto que isso tem no dia a dia.
A Huawei está a ter cuidados adicionais com este Mate 30 Pro e colocou o smartphone à venda de forma controlada, acompanhando todos os utilizadores com sessões de esclarecimento e acompanhamento pós venda para ultrapassar quaisquer dúvidas que podem surgir, porque esta não é de facto a experiência habitual de tirar um smartphone Android da caixa, colocar o cartão e começar a usar.
Na análise que fizemos conseguimos contornar algumas das limitações, mas admitimos que o mesmo poderia não acontecer com todos os utilizadores, e por isso decidimos colocar o Mate 30 Pro nas mãos e três leitores do SAPO TEK, com apenas um brifing inicial curto, para depois perceber quais as suas impressões e os problemas com que se depararam.
Para isso passámos o novo telemóvel da Huawei para as mãos de três voluntários, uma utilizadora de iOS e dois de Android, que tiveram a oportunidade de instalar de base o Mate 30 Pro, usando o Phone Clone, e experimentar as potencialidades do smartphone. E há boas e más experiências.
Ausências de peso na loja de aplicações da Huawei
Sem acesso aos serviços da Google, e sem as aplicações da empresa, a instalação das apps de que dependemos no dia a dia é uma das primeiras dificuldades relatada por estes leitores. Apesar da mudança da maioria das aplicações ter sido fácil para Bruno Andrónico e Eduardo Neves, ambos utilizadores de Android, a falta da ligação ao Google Mobile Services foi um obstáculo difícil de ultrapassar.
Algumas das apps até conseguiram ser portadas com o Phone Clone que permitiu contornar as limitações da ausência da loja de aplicações Google Play, mantendo o Facebook e WhatsApp que não estão disponíveis na App Gallery da Huawei, mas depois há serviços que não podem ser usados, como o Uber, Netflix e até a aplicação da Carris.
Para Margarida Perpétua, utilizadora de iOS, a experiência foi mais difícil logo de início porque não conseguiu mudar as suas aplicações para o Android com o Phone Clone, que só passou contactos e fotografias. A pesquisa das apps preferidas na App Gallery não foi bem sucedida e por isso só conseguiu instalar o TikTok e as aplicações do SAPO.
A navegação por gestos e a ausência do botão de som, foram duas das características com adaptação relativamente difícil para Margarida Perpétua, mas o Huawei Mate 30 Pro ganhou pontos adicionais pela qualidade de vídeo e de fotografia, uma das paixões da utilizadora de iOS que se sentiu tentada a mudar para o mundo Android para conseguir este profissionalismo na manipulação das ferramentas da câmara.
Foi também a fotografia, e a qualidade do ecrã, que receberam mais elogios de Bruno Andrónico, apesar de ter considerado que o modo waterfall, com os design arredondado do display, ainda não está totalmente utilizável. Qualidade de som, rede e Wi-Fi foram considerados muito bons, mesmo com a crítica da falta do jack de headphones.
Para Eduardo Neves também a experiência multimédia revelou que este é um telefone poderoso, no qual faria sem dúvida um investimento, para trabalho ou para lazer. E a duração da bateria para mais do que um dia inteiro foi uma mais valia a que este utilizador de Android já não estava habituado.
Os principais pontos desta experiência estão destacados no vídeo, que resume as impressões dos três voluntários.
Para mais detalhes sobre o smartphone pode ler a análise completa do SAPO TEK.
Estaria disposto a participar neste tipo de experiências de equipamentos no futuro? Envie um email para participar numa próxima análise do SAPO TEK.
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