A disputa por "tempo de antena" com os dispositivos multimédia já faz parte do cenário habitual em muitas famílias. À semelhança do que acontecia com o televisor ou as consolas, em que era preciso definir "momentos" para utilização, os tablets são disputados por quem quer usar o equipamento para jogar, navegar na Internet, ou ver vídeos. E muitas vezes são os mais novos que ganham, em detrimento dos pais.
A popularidade dos dispositivos justifica o interesse dos mais pequenos, mas também a facilidade de utilização e a capacidade de captação dos jogos e de outras aplicações. Ao contrário do computador, em que é preciso aguardar para ligar e pedir aos pais autenticação e ajuda para abrir algumas ferramentas, os tablets parecem quase preparados para ser usados de forma imediata. E no caso do mini Paquito da Imaginarium a lógica de simplificação de uso é ainda mais apurada.
Numa análise inicial o tablet tem muitas semelhanças com o iPad mini, mas foi desenhado à medida dos mais pequenos, tal como já acontecia com a versão anterior, o SuperPaquito. As diferenças não se resumem ao design exterior, até porque o que conta mais nesta equação é o sistema operativo, o magicOS 2, baseado em Android.
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O modelo que chegou às lojas da marca de brinquedos para crianças em setembro passou as últimas semanas na redação do TeK, onde serviu de entretenimento também para gente crescida, que colocou à prova todas as suas potencialidades, mesmo não estando entre o público alvo prioritário.
Mas foram "colaboradores externos" que mais beneficiaram desta análise, colocando em prática a experiência dos benefícios do mini Paquito.
Tamanho ajustado
Mais do que um tablet de 10 polegadas, o formato de 8 polegadas do mini Paquito é ideal para mãos mais pequenas, e o peso não se torna desconfortável numa utilização prolongada. Mesmo assim é natural - e aconselhável - que os mais pequenos o usem sobre os joelhos, ou uma mesa, libertando as mãos para o controle, ou que recorram a uma das engenhosas capas fornecidas pela marca para usar como suporte.
O cuidado da Imaginarium com o design estende-se também à caixa, que tem uma boa apresentação e desenhos ajustados à idade dos utilizadores.
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O ecrã multitátil, com uma resolução de 1024x768 pixéis, não tem a mesma capacidade de alguns modelos mais avançados do mercado, mas garante uma boa visualização de conteúdos multimédia, pelo menos em ambientes com iluminação natural e artificial, desde que não debaixo de sol intenso.
Em termos de características técnicas o tablet também surpreende pela positiva: integra um processador quad core de 1,2 GHz, com 1 GB de RAM, e tem um chassis em alumínio, revestido em tons de vermelho. A memória interna é de 8 GB, expansível através de cartões de memória, o que se torna mais do que suficiente para guardar os múltiplos projetos que possam ser criados.
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O dispositivo inclui ainda duas câmaras, uma VGA frontal e uma traseira de 2 Mp, que facilitam a comunicação por Skype e o trabalho criativo com imagens captadas mas que não estão à altura de fotógrafos mais exigentes.
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Conte ainda com ligação Wi-Fi e Bluetooth, que não estavam presentes no modelo anterior e que servem para fazer a ligação com outros equipamentos e troca de informação e jogos.
Android adaptado aos mais novos
O sistema operativo desenvolvido pela Imaginarium para os tablets Paquito é sem dúvida um elemento diferenciador. Por muito fácil que seja o sistema operativo patrocinado pela Google, está muito longe de ser fácil de usar e configurar, para além de deixar demasiadas portas abertas à "exploração" que podem não ser recomendáveis para os mais novos.
O magicOS 2.0 explora precisamente a necessidade de organizar a informação e as aplicações, e um controle parental fácil de definir, juntando tudo num interface apelativo onde é possível criar vários perfis que são facilmente identificados pelos mais novos.
A personalização do ambiente de trabalho é uma mais-valia reconhecida pelas crianças, mesmo quando o tablet é partilhado entre vários elementos da família, e a existência de ambientes diferenciados para a Escola, criatividade, biblioteca e entretenimento ajudam a arrumar as aplicações e atalhos, assim como o tempo dedicado a cada tarefa.
Através do sistema de controle parental os pais podem definir listas brancas e listas proibidas de páginas web, contactos e aplicações que podem ser usadas, assim como definir limites de tempo de uso do equipamento que podem ajudar a estabelecer algumas regras importantes.
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A empresa disponibiliza ainda algumas funcionalidades exclusivas, como o acesso à plataforma PaquitoLand onde estão disponíveis diversos conteúdos e jogos para aprender inglês. Através da plataforma é ainda possível entrar na biblioteca iMoon para ver online alguns conteúdos e aceder a outras aplicações.
Para os mais crescidos está sempre acessível o sistema Android em estado puro - e na versão 4.2.2 - que pode servir para utilização dos educadores ou mesmo como introdução das crianças ao ambiente mais generalista.
Análise terminada e mini Paquito devolvido à precedência, a avaliação final é fácil de fazer: se está a considerar a compra de um tablet para a sua criança vale a pena olhar com atenção esta proposta da Imaginarium, não só pelo preço - 179 euros - mas também pela garantia de adequação dos conteúdos às necessidades dos mais pequenos.
Outros tablets do mercado podem ser mais baratos, e há algumas opções a chegar ao mercado com capas adequadas às crianças - nomeadamente pela Samsung, mas nenhuma com a mesma diferenciação a nível de software e de interface. E no dia-a-dia, é isto que mais conta.
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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