É cada vez mais difícil para os fabricantes diferenciarem as suas ofertas de computadores portáteis, mas a Samsung tem vindo a fazer um bom trabalho nesta área com uma linha de produtos consistente e com inovação a nível de materiais e de tecnologias que aumentam o desempenho dos notebooks, o que lhe tem merecido também o reconhecimento do mercado.

O Série 9 é um dos pontos altos desta estratégia, apostando num design ultrafino e na combinação de alguns elementos para garantir maior leveza, durabilidade e um aspeto arrojado que agrada a quem gosta de produtos diferenciadores.

O modelo já chegou ao mercado há alguns meses e passou pela redação do TeK para uma experiência que acabou por ser muito mais curta do que gostaríamos, mas que permitiu explorar este rival do MacBook Air e o seu desempenho em situações de stress.

A diferenciação do Série 9 da Samsung começa logo na embalagem. O portátil vem acondicionado numa caixa de luxo, como se de uma peça de arte ou uma joia se tratasse. Não há aqui espaço para caixa de papelão, ou esferovite branca. A caixa é preta, tem um toque aveludado e um fecho magnético, e letras gravadas, à semelhança do que a Samsung tem vindo a fazer com as caixas dos Galaxy S.



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É verdade que depois de retirado o portátil do seu interior já não serve para nada, mas é um pormenor que agradará a quem dá valor a questões de pormenor e não apenas à utilidade. E sem dúvida este é um portátil para este segmento de utilizadores.

O chassis em Duralumínio, as linhas arrojadas do design do equipamento e pormenores como o teclado retroiluminado em tons de azul completam a “fotografia”. O material de que é revestido o ecrã e grande parte do chassis é o mesmo usado na construção de aviões, e testes que fizemos mostram que resistência é real e não existe qualquer sensação de fragilidade e de se conseguir “dobrar” o ecrã, como acontece noutros modelos mais finos e leves.

O design em curva dá-lhe também parte da elegância, assim como a finalização com uma linha curva em alumínio, a acompanhar a finalização de alguma das superfícies.



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Com um peso abaixo dos 1,4 Kg, o Samsung Série 9 tem apenas 16,3 milímetros de espessura no ponto mais fino, e chega a rivalizar de perto com o smartphone Galaxy S II.



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Para esta elegância a Samsung retirou a drive ótica – o que aliás é uma estratégia comum à maioria das marcas destes ultra-finos, com honrosas exceções – e conjugou os materiais escolhidos para o chassis para não perder em resistência o que ganhou em leveza e redução de espessura.

Nesta “cura de emagrecimento” há também outros pormenores que dão gosto, como as portas USB 3.0, HDMI e Ethernet que estão “escondidas” na lateral direita, sob uma pequena porta elevatória, enquanto do lado esquerdo ficaram mais uma porta USB (esta 2.0) e um leitor de cartões de memória microSD, assim como a ligação para os auriculares.



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E também o facto da Samsung ter preparado o carregador do portátil para ser tão elegante como o equipamento, e não mais um “tijolo” que temos de trazer dentro da mala… É um pequeno detalhe, mas se somar o tempo que irá transportá-lo verá que é muito importante.

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Ainda antes de ligar merece referência o teclado com teclas separadas em modelo de chiclete, muito confortável de utilizar, e um touchpad de grande dimensão (4x3 polegadas) , que a Samsung designa por SuperButton ClickPad. A utilização é confortável e permite replicar a utilização de movimentos multitoque, substituindo o uso do rato por combinações de movimentos que exigem algum treino.

No teclado a iluminação azul dá ao equipamento um ar bastante futurista, para não dizer “nerd”, mas é prático para escrever em ambientes escuros e tem a vantagem da intensidade poder ser controlada pelo utilizador.



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Mas o melhor de tudo é que os cuidados com a aparência e a redução de espessura e peso não comprometem a performance e a funcionalidade do portátil. Mesmo sendo dirigido a um segmento de utilizadores que valoriza mais a mobilidade e não está a contar com os processadores e memórias mais rápidas, o Serie 9 integra um processador Intel Core i5 2537M, com velocidade de relógio de 1,4 GHz.

Mas este desempenho é penalizado pela utilização da placa gráfica da Intel, HD 3000, que faz com que o Windows 7 lhe atribuía uma classificação de 4,6, que influencia negativamente toda a avaliação.



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Combinando o disco SSD de 128 GB – bastante mais rápido do que um disco rígido tradicional - com a tecnologia Fast Start da Samsung, o Serie 9 consegue arrancar em cerca de 15 segundos, cronometrados com o relógio do smartphone Galaxy e sem batota.

Fica a faltar uma nota para o ecrã de 13,3 polegadas com tecnologia LED e SuperBright Plus, que se mostraram bem capazes de suportar a luz intensa do sol nas esplanadas, embora a utilização não resultasse tão espetacular como a conseguida com os olhares admirados para a iluminação do teclado em ambientes com pouca luz. Quanto a isso deixamos só um “conselho amigo” não convém usar esta iluminação em níveis muito intensos no avião quando desligam as luzes da cabine ou os passageiros do lado não dormem….

E por fim a bateria. A Samsung reclama 7 horas de duração, mas a nossa experiência não o comprovou, embora possamos admitir que se calhar esticámos um pouco mais o desempenho e prescindimos das configurações de poupança de energia que baixariam o consumo.

Resta só uma referência ao preço: a Samsung aponta para os 1.400 euros e a consulta que fizemos nas lojas não varia muito. Até porque apesar de já estar à venda há alguns meses, a fabricante coreana não mostra intenções de substituir o Serie 9 por outro modelo a curto prazo, alegando que o seu sucesso continua e por isso não há nenhuma razão para o fazer.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico