A experiência mostra que o modelo de conjugação do formato de computador ultraportátil e tablet é uma das linhas a seguir pelos fabricantes, tornando-se útil e prático para os utilizadores que pretendem produzir conteúdos com os seus equipamentos e não querem ficar limitados aos interfaces puros de touch.

Teclados destacáveis e fáceis de colar ao tablet, ou engenhosos sistemas de deslocação que escondem as teclas por detrás dos ecrãs, têm sido usados por várias marcas, mas nem todos com o mesmo nível de sucesso e garantias de confiança e longevidade do que outros. Sobretudo quando as engrenagens que suportam o deslocamento do ecrã estão à vista, sujeitas à entrada de lixo e outros problemas que ponham em causa a sua boa manutenção.

O mais recente híbrido a passar pela redação do TeK, o Vaio 13, é um dos mais interessantes e fiáveis de entre os que já experimentámos e esta combinação é a sua principal imagem de marca.

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A "transformação" está sustentado pela qualidade de design Surf Slider e engenharia da Sony que aplicou os seus créditos e desenvolveu um sistema de deslocamento do ecrã que é bonito de ver, fácil de utilizar e parece ser "à prova de tempo".

Não fizemos o teste de abrir e fechar o tablet dezenas de milhar de vezes - muito conhecido para comprovar a fiabilidade de portas e gavetas de uma conhecida marca de mobiliário Escandinávia. Mas mesmo sem transpirar robustez (especialmente no encaixe final), a solução parece estar para durar. E é bom que assim seja, dado o preço do equipamento…

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Mas nem só de transformação entre tablet e notebook se faz o Vaio 13. O portátil tem por dentro um processador Intel Core i7 com Intel® Turbo Boost Technology e 4 GB de RAM que se mostra capaz de suportar as exigências do Windows 8 Pro e das obrigações de multitarefas a que o obrigámos. Para a rapidez do desempenho e a qualidade de imagem contribuem ainda a gráfica Intel HD Graphics 4400 e o disco SSD de 128 GB, que parece curto para uma utilização continuada com valorização de vídeos e fotografias.

A qualidade dos acabamentos já foi referida, e apesar da colocação do teclado na base do ecrã o Vaio Duo 13 acaba por ser mais fino do algumas outras soluções, com 19.5 mm, embora a escolha da utilização de um ecrã de 13,3 polegadas obrigue a que a solução final se torne demasiado grande e pesada - 1,35 Kg.

O desconforto com o tamanho acaba por ser evidente, e não decorre do hábito com outros tablets e híbridos onde dominam os ecrãs de 10 polegadas. O Vaio Duo 13 não cabe numa mala de senhora, é difícil de transportar na mão e até em pastas profissionais mais pequenas tem dificuldade em encaixar.

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Claro que o ecrã de maior dimensão brilha noutras situações, também pela qualidade acrescentada pelo ecrã Full HS e pela tecnologia TRILUMINOS Display, e o campo de ação garantido no alargamento do tamanho é também bem vindo no espaço adicional dado ao teclado, que se torna mais confortável para um heavy user das teclas, mas isso não justifica tudo…

Mesmo para usar simplesmente como tablet este tamanho adicional torna obrigatório o uso de um suporte, dificultando o uso de uma mão para segurar e outra para navegar. O melhor é colocar sobre uma mesa, ou sobre os joelhos, mas com uma proteção para evitar o aquecimento que decorre do uso prolongado…

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A Sony decidiu também incluir uma caneta Stylus que permite desenhar, escrever notas à mão ou funcionar como apoio à navegação. O uso da caneta ativa a aplicação Note Anytime for Vaio, uma das apps com que a Sony "recheou" o equipamento e que se estendem também à gestão do sistema com o Vaio Care e ao multimédia, com o Album da Sony, Play Memories e Movie Creator.

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Ainda nas apps adicionais, o Vaio Control Center parece ter sido criado especificamente para limitar algumas das dificuldades confessadas pelos utilizadores no Windows 8, como a gestão dos utilizadores, permissões e redes, e é uma adição bem vinda, evitando o recurso constante à versão desktop do sistema operativo da Microsoft.

Na área de vídeo e fotografia o Vaio Duo 13 ganha também pontos com uma câmara de 8 megapixéis com focagem automática e sensor Exmor RS que facilitam a captura de fotografias… se quiser fazer "figuras" a apontar este tablet nada discreto em situações mais casuais para captar imagens…

Na conectividade há também pontos positivos a realçar: a disponibilidade de mais portas USB e de uma ligação USB/Ethernet será bem vinda pelos utilizadores profissionais, assim como a integração de um slot para cartões SIM para ligação às redes móveis, que complementam o recurso ao Wi-Fi.

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De notar ainda que apesar do poder de processamento e da qualidade do ecrã o Vaio Duo 13 tem uma duração de bateria assinalável. A Sony refere uma autonomia até 15 horas em algumas configurações, mas o máximo que conseguimos "esticar" o uso deste híbrido rodou umas mais modestas 7 horas.

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O pior mesmo de todo este conjunto de especificações é a linha que vem no final de todos os quadros de informação: o preço. Quem quiser comprar o Vaio Duo 13 - que já está à venda desde o mês de Julho - tem de pagar 1.700 euros. Sim, não leu mal, são mesmo mil e setecentos euros.

O valor justifica-se? Bom, sabemos que há sempre quem goste de ter "o melhor do melhor" e que considere que usar um automóvel Clio não é tão aceitável como um BMW ou Audi, mas não será preciso procurar muito para encontrar soluções com boa usabilidade e qualidade de desempenho com preços bastante mais baixos…


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Fátima Caçador