Os utilizadores de smartphones mostram cada vez mais preferência por ecrãs grandes, processadores potentes, integração com capacidades de fotografia e vídeo avançadas. E a Samsung toca todos estes pontos nos novos Galaxy Note 20 e Note 20 Ultra, os novos smartphones para “power users” e para uma plateia fiel de consumidores que já não dispensam a melhoria de produtividade que a gama Note oferece.
O SAPO TEK já teve oportunidade de experimentar os novos smartphones que a Samsung está hoje a apresentar a nível mundial, e as primeiras impressões comprovam que as mudanças podem não se ver de forma evidente, mas estão bem marcadas na forma como se grava vídeo, se partilham dados com outros ecrãs e dispositivos e mesmo na maneira como se gravam notas no smartphone. Para além da produtividade há também novidades na área de gaming através da parceria com a Microsoft e a sua xCloud que chega a Portugal a 15 de setembro.
À semelhança do que fez já com o Note 10, a Samsung decidiu “alargar” a gama disponível nestes smartphones de todo e tem agora três modelos: um Note 20 só com 4G, um Note 20 com 5 G e um Note 20 Ulta 5G, com duas configurações diferentes de capacidade de armazenamento e memória. A marca abandona aqui a referência “+” que tinha no Note 10+ e opta pela designação Ultra, também já escolhida para o “maior e melhor” Galaxy S20.
Há mudanças no design, mais arredondado, nas cores e no interface do Note 20 mas algumas características são partilhadas com a família S20, que foi apresentada em fevereiro e que o SAPO TEK também teve oportunidade de experimentar antecipadamente. Os sensores e o arranjo das câmaras fotográficas são um dos pontos em comum, mas o nível de qualidade já é excelente e por isso não se perde nada com esta opção.
Ecrã de 120 Hz adaptável no Note 20 Ultra
O design dos novos Note 20 é mais arredondado e as principais diferenças entre os dois modelos são evidentes no tamanho e no arranjo traseiro das câmaras. O ecrã Dynamic AMOLED 2X é de 6,9 polegadas no Note 20 Ultra e 6,7 polegadas no Note 20, e pode parecer pouco mas nota-se quando se segura nos smartphones, em largura, altura e peso.
Os acabamentos estão ao nível da qualidade a que a Samsung nos tem habituado, e no design o principal ponto negativo é o ressalto a que o arranjo traseiro das câmaras obriga, que é mais evidente do Note 20 Ultra, tal como já acontecia com o S20 Ultra, Não é só uma questão de gosto, é também um problema funcional quando se tem o smartphone pousado sobre a mesa e se quer usar a S Pen: há um desequilíbrio que experimentámos e que não é agradável, que provavelmente tem de ser resolvido com a ajuda de uma capa que “harmonize” a superfície traseira do telemóvel.
As novas cores que foram reveladas em diversos rumores são tão bonitas “ao vivo” como em fotografia, especialmente o Mystic Bronze, mas o nosso preferido até é um verde água bastante discreto.
No ecrã a Samsung volta a aposta na utilização da taxa de refrescamentos dos 120Hz, mas que agora se adapta automaticamente ao tipo de tarefa que está a ser realizada em vez de ser uma opção para “clicar e esquecer”. Se estiver a ver um PDF pode ter uma taxa de refrescamento de 10Hz, mas se estiver a ver um vídeo ou a jogar vai beneficiar os 120Hz, com o “custo” associado em termos de bateria. Esta é uma das novidades do interface EMUI que já vem no Note 20 e que ainda não é claro quando chegará a outros modelos da Samsung.
Os dois novos Note partilham o processador Exynos990, de 7nm, na Europa e não o Qualcomm com que a marca equipa os mesmos modelos nos Estados Unidos. A memória RAM é de 8 GB no Note 20 e 12 GB no Note Ultra e a capacidade de bateria também é diferente, de 4.300 e 4.500 mAh, respetivamente. Ambos suportam, porém, carregamento rápido e wireless.
Nas câmaras também há diferença. Embora ambos tenham três sensores traseiros os do Ultra são mais “generosos” com uma lente Wide de 108 MP, uma telefoto de 12 MP e uma UltraWide de 12 MP.
A nível da conetividade o 5G domina, mas a Samsung opta por colocar no mercado português também uma versão só 4G, que é a única que tem um preço abaixo dos mil euros. O WiFi 6 e a conetividade com Ultra WideBand (UWB), no Nearby Share, trazem mais vantagem na ligação a outros equipamentos. Se um amigo tiver um equipamento com UWB pode “apontar e partilhar” ficheiros até 5GB, mas esta funcionalidade é útil também para encontrar tags de objetos e associar a chaves digitais.
Evolução da S Pen, Notas e integração da app O seu telemóvel
A linha Note está indissociavelmente ligada à S Pen, a caneta que está integrada no smartphone e que tem agora mais funcionalidades. O tempo de resposta foi melhorado e a latência reduzida para 9 milisegundos, reproduzindo no ecrã de forma quase imediata o que se escreve. Mas foram adicionados também 5 novos gestos. Ao todo são agora 11 gestos que controlam várias funções, e que são configuráveis.
A aplicação de notas que acompanha o smartphone foi também melhorada e permite a sincronização entre os vários equipamentos, com a adição muito útil da possibilidade de sincronizar uma gravação áudio com as notas escritas, o que pode ser muito útil em reuniões, ou em entrevistas de jornalistas, por exemplo. A aplicação pode agora também exportar as notas para mais formatos, incluindo PowerPoint.
A ligação remota ao Windows na app “O seu PC”, para espelhar ecrã e criar atalhos para aplicações e fazer multitasking foi também optimizada, mas o DeX é mais prático se estiver próximo de um televisor, sendo agora possível partilhar sem usar qualquer fio, ou aparelho.
Estas são apenas as primeiras impressões dos novos Note 20 que chegam às lojas já no dia 21 de agosto, com preços a partir de 989 euros. Esperamos em breve poder testar mais a fundo os dois modelos e comprovar as novas funcionalidades que são as principais razões para um investimento num possível upgrade de gerações anteriores dos Galaxy Note. Em especial a captação de som de vídeos que pode agora ser controlada mais facilmente e coordenada com os auriculares Buds.
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