Apesar de não estar presente fisicamente no Food and Agriculture Organization (FAO) presente no Science and Innovation Forum (SIF 2024) promovido pelas Nações Unidas, Daniela Braga, CEO da Defined.ai, participou numa conferência através de projeção holográfica diretamente de Washington.

A empresa portuguesa tem vindo a defender a necessidade de uma IA inclusiva em áreas como a agricultura. E este foi o tema que Daniela Braga apresentou na sua intervenção no evento, que está a acontecer em Roma, unindo legisladores globais, cientistas e especialistas em “agrifood”.

Na sessão chamada “Inclusive AI to Drive Agrifood Systems Transformation”, a investigadora destacou o potencial da inteligência artificial para revolucionar a agricultura. Mas salienta a necessidade crítica de mais aplicações inclusivas e éticas. Sublinhou ainda a necessidade de uma implementação de IA equitativa, deixando o aviso que a agricultura é um assunto global, por isso deverá ser uma preocupação global, tal como a IA e o seu impacto no sector.

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O mesmo tema foi também debatido num painel de discussão, contando com Daniela Braga; o diretor-geral da FAO Carol Zavaleta-Cortijo; a codiretora da Indigenous Peoples Observatory Network; Eric Salobir, presidente da Human Technology Foundation; e Greet Maenhout da Comissão Europeia.

A projeção de Daniela Braga em holograma mostra que esta tecnologia permite ultrapassar barreiras de distância, mantendo a comunicação como se estivesse presencialmente, ainda que houvesse algumas dificuldades em se conseguir obter a ligação durante a sessão.

“A IA oferece um imenso potencial para transformar os sistemas agrifood, mas precisa ser governo responsavelmente e inclusivamente para verdadeiramente beneficiar a todos” disse Vincent Martin, Diretor de Inovação da FAO. E acrescenta que uma boa administração é chave para garantir que a IA faz a ponte entre a divisão por género, dá mais poder às comunidades marginalizadas e fomenta a prosperidade para todos, não deixando ninguém para trás.