É a maior nave espacial jamais construída pela NASA para exploração planetária e está prestes a partir para orbitar a lua gelada Europa, de Júpiter, que se pensa ter condições adequadas para alojar vida como a conhecemos.

Depois do adiamento devido aos receios dos efeitos do furacão Milton, o lançamento da Europa Clipper aconteceu esta segunda-feira, dia 14 de outubro, às 12h06 locais (17h06 de Lisboa), a partir do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, à boleia de um foguetão Falcon Heavy, da SpaceX.

Veja as imagens o lançamento

A nave espacial percorrerá 2,9 mil milhões de quilómetros para chegar a Júpiter em 2030 e observar a lua Europa, que se crê ter condições adequadas à vida - água, energia e química - sob a superfície.

Descoberta importante do telescópio James Webb aponta para a existência de vida em lua de Júpiter
Descoberta importante do telescópio James Webb aponta para a existência de vida em lua de Júpiter
Ver artigo

Com os seus enormes painéis solares abertos, a Europa Clipper pode cobrir um campo de basquete (30,5 metros, ponta a ponta). Na verdade, é a maior nave espacial que a NASA já construiu para uma missão planetária. A bordo leva uma carga útil de nove instrumentos científicos.

Por si só longa, a viagem até Júpiter torna-se ainda maior porque, em vez de seguir um caminho a direito, a Europa Clipper fará um loop em torno de Marte e depois da Terra, para ganhar velocidade à medida que passa.

Veja o vídeo sobre a missão, preparado pela NASA

A nave espacial vai começar a orbitar Júpiter em abril de 2030, iniciando em 2031 os 49 voos científicos da Europa, enquanto faz um loop em torno do gigante gasoso.

A órbita foi projetada para maximizar a ciência que a Europa Clipper pode conduzir e minimizar a exposição à radiação notoriamente intensa de Júpiter, explica a NASA.

Os três principais objetivos científicos da missão são determinar a espessura da camada de gelo da lua e as interações com o oceano abaixo, investigar a sua composição e caracterizar a sua geologia.

A exploração detalhada da missão ajudará os cientistas a entender melhor o potencial astrobiológico para mundos habitáveis ​​além do planeta Terra.