Os dados fazem parte do estudo "European Consumer Payment Report" (ECPR) da Intrum, mas são ainda uma parte do relatório que será divulgado na íntegra em novembro. A análise indica que "as redes sociais e a conveniência das compras online podem estar a contribuir para o aumento das compras impulsivas".
"Por exemplo, 40% dos portugueses que participaram no ECPR revelam que fizeram compras por impulso após terem visto anúncios de produtos ou serviços nas redes sociais", destaca.
As conclusões hoje divulgadas indicam que 43% dos portugueses admitem fazer atualmente mais compras online por impulso do que há dois anos, sendo esta tendência "ainda mais pronunciada entre adolescentes e jovens adultos, especialmente os da Geração Z (nascidos entre 1997 e 2010)", com 62% dos inquiridos desta faixa etária a afirmarem que atualmente compram mais produtos e serviços online do que em 2022.
Já entre os Millennials (nascidos entre 1981 e 1996), 48% também afirmaram que agora fazem mais compras online do que há dois anos.
Ainda assim, o estudo destaca que os portugueses "são bastante conscientes ao fazer compras na Internet", com apenas 28% dos inquiridos a concordar que a conveniência das compras online ou nas redes sociais os leva frequentemente a gastar mais dinheiro do que o que podem pagar e 61% a considerar que essa facilidade não é um fator que os leve ao endividamento.
Embora a política de devoluções das compras online permita ao consumidor a devolução do produto, caso não corresponda às expectativas ou apresente problemas, o trabalho conclui que, quando compram na Internet, os portugueses não têm intenção de devolver os artigos adquiridos: 73% dos portugueses recusaram ter intenção de devolver pelo menos um produto ao comprar várias opções e apenas 16% admitiram considerar essa hipótese.
A Intrum publica anualmente, desde 2013, o "European Consumer Payment Report" para avaliar a vida quotidiana dos consumidores europeus, os seus hábitos de consumo e a forma com gerem os seus orçamentos domésticos.
O relatório anual baseia-se num inquérito externo realizado simultaneamente em 20 países na Europa, incluindo Portugal, com um total de 20.000 consumidores a participarem nesta edição de 2024. Este ano, o inquérito foi realizado entre os meses de julho e setembro.
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