Com a consulta, Bruxelas quer recolher sugestões para melhorar a saúde e o bem-estar dos europeus, graças à utilização de dispositivos móveis como smartphones, tablets, sistemas de monitorização de pacientes e outros equipamentos sem fios.

Estima-se que existam cerca de 100.000 aplicações de saúde móvel já disponíveis em múltiplas plataformas, como iTunes, Google Play, Windows Marketplace e BlackBerry World. As 20 principais aplicações gratuitas de desporto, exercício físico e saúde representam já 231 milhões de downloads em todo o mundo.

As previsões da CE apontam para que em 2017, 3,4 mil milhões de pessoas em todo o mundo tenham um smartphone, com metade e utilizarem aplicações de saúde móvel. Em 2017, se o seu potencial for plenamente explorado, a saúde móvel permitirá poupar 99 mil milhões de euros nas despesas de saúde na UE.

"A saúde móvel permitirá reduzir os elevados custos das consultas hospitalares e ajudará os cidadãos a tomarem conta da sua saúde e bem-estar, assim como a privilegiarem a prevenção em vez do tratamento", sublinha a vice-presidente da Comissão Europeia Neelie Kroes. "É também uma excelente oportunidade para a florescente economia das aplicações móveis e para os empresários".

Na consulta pública lançada são convidados a enviar os seus comentários os responsáveis pelas diferentes autoridades e instituições locais da área da saúde, assim como médicos, enfermeiros e outros profissionais ligados ao setor.

Bruxelas pede igualmente o contributo de empreendedores Web, programadores de aplicações, empresas de Internet, fabricantes de dispositivos móveis, agências de seguros e dos próprios utilizadores

Os interessados em participarem devem ler o Green Paper on mHealth e também o Staff Working Document, um documento sobre o quadro jurídico da UE aplicável às apps para a área da saúde e bem-estar. Os comentários podem ser feitos até 3 de julho.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico