O Ministério da Reforma do Estado já tinha entre as suas prioridadesimplementação da Estratégia Digital Nacional (EDN), aprovada pelo anterior governo, que se alinha com as metas europeias da Década Digital, bem como “finalizar e implementar” a Agenda Nacional para a Inteligência Artificial.

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Referindo-se ao conjunto de medidas e de iniciativas destinadas à digitalização do país, à transformação digital e à IA que foram aprovadas, António Leitão Amaro, ministro da presidência, descreveu-as durante a conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros como "uma parte decisiva da reforma, não apenas do Estado, mas da economia e das nossas capacidades de criação de riqueza e competitividade".

Durante o Conselho de Ministros foi aprovada a Estratégia Digital Nacional – Plano de Ação 2026–2027, a Agenda Nacional de IA e o Pacto de Competências Digitais. De acordo com o Governo, estes são "três pilares essenciais" da Reforma do Estado para acelerar a transformação digital do país, com o objetivo de o colocar entre os 10 líderes digitais da Europa até 2030.

No que toca à Estratégia Digital Nacional, Gonçalo Matias, Ministro da Reforma do Estado, explicou durante a mesma conferência de imprensa que foi feito um "conjunto de atualizações" à estratégia aprovada pelo anterior Governo, bem como a aprovação de um novo plano de ação, que "assenta em 20 ações e 72 projetos" no âmbito da Reforma Tecnológica do Estado, dados e interoperabilidade, serviços públicos digitais, economia e regulação digital, competências digitais e IA.

A propósito de IA, a nova Agenda Nacional tem como objetivo colocar a tecnologia "ao serviço do bem público e da competitividade do país", detalhou Gonçalo Matias. O ministro reiterou que tem Portugal tem capacidade para ser líder em várias áreas de IA, como na adoção da tecnologia pela Administração Pública e pelas empresas, assim como na atração de "projetos de grande relevância".

"O nosso ponto de partida, temos de o reconhecer, é um ponto de partida de desvantagem", admitiu Gonçalo Matias, apontando para o facto de Portugal estar "muito atrás" da média europeia e da média dos Estados Unidos. Apesar disso, a expectativa é de que, ao aproveitar a agenda hoje aprovada será possível crescer, contribuindo para um aumento do PIB de cerca de 2,7 pontos percentuais. 

A Agenda Nacional para a IA assenta em quatro eixos: Infraestrutura e Dados; Inovação e Adoção; Talento e Competências; e Responsabilidade e Ética. Ao todo, a Agenda é operacionalizada através de 32 iniciativas que abramgem todo o ecossistema, entre universidades, centros de investigação, empresas e Administração Pública.

"Este investimento em tecnologia e em digitalização o elevar da literacia digital da nossa população como um todo e também da Administração Pública", realçou Gonçalo Matias. Tendo em conta que Portugal também parte de um "ponto de partida de desvantagem" nesta área, o Pacto de Competências Digitais "terá como objetivo formar a Administração Pública, por um lado, e elevar a literacia digital da população".

Conselho de Ministros | Reforma do Estado
Conselho de Ministros | Reforma do Estado Pacto de Competências Digitais

O Pacto de Competências Digitais é estruturado em torno de três eixos estratégicos, através de 17 iniciativas, com um conjunto de metas em vista até 2030. Entre elas contam-se alcançar a marca dos 100% de cobertura de redes 5G, ter 80% da população com competências digitais básicas (o equivalente a 1,9 milhões de pessoas); ter 40% da população com competências Intermédias/Avançadas (mais 800 mil pessoas) e 7% com competências Tecnológicas Emergentes (o equivalente a mais 100 mil especialistas nestas áreas).

(Em atualização)

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