No próximo ano, a Cloudflare pretende contratar 1.111 estagiários para integrar em várias operações da companhia e Portugal é uma delas. A empresa diz que a iniciativa pretende “ajudar a formar os futuros líderes e construtores da Internet” e revela já que vão ser abrangidos vários hubs espalhados pelo mundo, incluindo o de Lisboa (na foto). Outras centros abrangidos pelo programa estão no Reino Unido, Estados Unidos e Índia.

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Como explica um comunicado, os estagiários que integrarem o programa “Intern-et” vão ter a oportunidade de trabalhar em projetos e lançar atualizações que afetam diretamente milhões de utilizadores da Internet, “desde a segurança da infraestrutura de rede até o desenvolvimento de aplicações sem servidor de última geração”.  As vagas para estágios vão ser publicadas na página de carreiras da empresa.

“À medida que a IA assume tarefas mais básicas, pode ser mais difícil para os recém-licenciados conseguirem o seu primeiro emprego. Com menos vagas disponíveis para cargos de nível básico, entrar no mercado de trabalho agora requer mais competências e experiência do que nunca”, defende a Cloudflare.

Números citados pela empresa (estudo Standford), mostram que em funções como a engenharia de software e atendimento ao cliente, o emprego para trabalhadores com idades entre 22 e 25 anos diminuiu até 13% desde o final de 2022. As oportunidades de estágios em tecnologia também têm vindo a diminuir - 30% desde 2023, segundo a plataforma Handshake.

A empresa quer ajudar a compensar esta quebra e lembra que “sem a contratação de novos talentos, as indústrias correm o risco de uma escassez crítica de trabalhadores experientes no futuro”.

Partilhar espaço com startups

A abranger Lisboa está ainda outra vertente da iniciativa prevista para 2026 pela Cloudflare para apoiar os líderes e as empresas que vão moldar o futuro da internet. Na vertente de apoio às startups da iniciativa, a Cloudflare vai partilhar o seu próprio espaço de escritório para colaboração, já a partir de janeiro.

As startups aprovadas vão poder trabalhar em dias selecionados nos escritórios da empresa em Austin, Lisboa, Londres ou São Francisco, numa medida que quer dar espaço a projetos numa fase inicial para se reunirem e uma oportunidade às equipas da Cloudflare para “estarem em contacto com mais utilizadores”.

A tecnológica sublinha que já tinha um programa de apoio a startups que ajudou já 900 startups a levantarem 5 mil milhões de dólares em financiamento e que no último ano concedeu 370 milhões de dólares em créditos a 4.000 startups.