Um grupo de neurocientistas britânicos desenvolveu um videojogo móvel que tem provado ser eficiente na melhoria da memória de pacientes com demência. O processo degenerativo não é invertido, mas o grupo alega que podem ser evitadas algumas das consequências mais nefastas provocadas por esta condição médica.

De acordo com os testes, que foram já conduzidos a um pequeno grupo de doentes, a interação rotineira com esta aplicação, durante períodos superiores a um mês, aumentou a sua pontuação nos testes de memória em cerca de 40%.

A demência é uma doença que não tem cura e, em 2015, diz a Organização Mundial da Saúde, afetava 47,5 milhões de pessoas. O número, no entanto, tem tendência a aumentar à medida que a esperança média de vida cresce e torna mais velhas as populações. As consequências, porém, podem ser amenizadas com medicação e exercícios de treino mental. Os sintomas desta condição podem implicar a perda de memória, a degeneração do raciocínio lógico e comportamental e a perda de capacidade para desempenhar tarefas quotidianas.

"Esperamos dar continuidade a estas descobertas com novas investigações no campo do Alzheimer e do envelhecimento saudável", disse, à Reuters, George Savulich, responsável máximo pelo estudo que se desenvolveu na Universidade de Cambridge.

Os especialistas consideram que os resultados são encorajadores, mas sustentam a ideia de que o jogo tem de ser testado contra outras formas de treino cerebral para que a sua superioridade face a estes métodos possa ser constatada.

"Apesar desta técnica não ser capaz de prevenir ou curar doenças que afetem a memória, como a demência, é uma forma muito promissora de melhorar os primeiros sintomas de perda de memória", comentou Tara Spires-Jones da Universidade de Edinburgh.

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