Construir e transformar objetos a partir de "tralha tecnológica". É este o desafio que vai ser colocado num mini-hackathon a equipas maioritariamente constituída por raparigas, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, este domingo. O evento assinala o Dia Internacional da Mulher e é uma das ações da iniciativa Construtoras de Futuros.

Transformada numa oficina de velhos equipamentos elétricos e eletrónicos que podem ser recuperados, resultar em novos objetos ou simplesmente ganhar novas funcionalidades, a “garagem” do Pavilhão do Conhecimento irá contar com seis equipas. Confirmadas estão já o Agrupamento de Escolas de Santa Iria de Azóia, Escola EB 2,3 de Vialonga, Agrupamento de Escolas de Azambuja e Casa Pia Lisboa.

tek Construtoras de Futuros

Os melhores projetos da iniciativa "Engenheiras em Ação" serão premiados no final do dia. A cerimónia vai contar com a presença de Rosa Monteiro, secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, Rosalia Vargas, Presidente da Ciência Viva, e a Ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva.

Nesse mesmo dia, o programa das iniciativas inclui ainda um debate sobre as mulheres construtoras de futuros, em formato de café de ciência. Mas, a pensar nas saídas profissionais, o Pavilhão do Conhecimento terá, ainda, a funcionar um balcão de recrutamento para entrevistar potenciais candidatos e candidatas a integrar as equipas da área técnica, TIC e Engenharia, deste centro de ciência. "Toda a Rede Nacional de Centros Ciência Viva será mobilizada para desenvolver ações internas que integrem este programa especialmente dedicado às Mulheres na Ciência", garante em comunicado o Centro.

Em 2018 metade dos cientistas e engenheiros no país eram mulheres. Portugal acima da média da UE
Em 2018 metade dos cientistas e engenheiros no país eram mulheres. Portugal acima da média da UE
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A iniciativa "Construtoras de Futuro" é promovida pela Ministra de Estado e da Presidência, o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e a Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, como também pela Ciência Viva. Como objetivo, pretende-se assinalar e promover o debate sobre a participação das mulheres na ciência, engenharias e tecnologias e inspirar as novas gerações para percursos académicos e profissionais nestas áreas. O encontro decorre ao longo do dia e é de entrada livre, não incluindo neste caso o acesso à área expositiva.

De acordo com dados do Eurostat divulgados no início de fevereiro, em 2018 metade dos cientistas e engenheiros em Portugal eram mulheres, um valor superior à média na União Europeia, que há dois anos rondava os 41%. Portugal fica "à frente" de países como a Espanha, França e Itália, este último com uma percentagem de pouco mais 30% de mulheres especializadas nas áreas da ciência e da engenharia.