Termina esta quinta-feira o encontro de dois dias que a PHC organizou no Museu do Oriente, em Lisboa, e que é uma espécie de parte I do encontro anual de parceiros da empresa de software de gestão. A segunda parte acontece no Porto, entre 18 e 19 de março.



Pelas duas edições do encontro passam os cerca de 300 parceiros da empresa, que levam o software de gestão desenvolvido pela marca a todo o país. Na sessão a que o TeK assistiu falou-se de boa gestão e dos princípios que os gestores não podem deixar de observar para garantir o sucesso do negócio. Destaque central para máximas antigas: ter estratégias bem definidas, segui-las e ouvir o cliente, que aqui alinhamos em último mas que é tão ou mais importante que manter uma estratégia bem definida.



Nadim Habib, CEO da Nova SBE Executive Program, fazia a apresentação e afirmava que a falta de uma estratégia clara continua a ser o principal problema das empresas portuguesas, um mal que em Portugal leva anos a matar um negócio, mas que pelo caminho vai roubando mercado à concorrência. Se nos Estados Unidos uma empresa sem rumo e estratégia definida sobrevive meses, em Portugal pode levar quase uma década a desaparecer, estimou.



Perante um auditório cheio de técnicos que no dia-a-dia tentam convencer as empresas a renovar os seus investimentos em TI sublinhou que perceber "as dores" dos clientes e saber ir ao encontro dessas necessidades é fundamental. Perceber que as necessidades vão mudando é ainda mais essencial. "Antes as empresas procuravam ajuda para pôr a informática a funcionar. Hoje precisam de ajuda para tentar pôr o negócio a funcionar". Nesta equação inovar também continua a ser peça central: todos os dias há alguém a fazê-lo "se não forem vocês será a vossa concorrência ou um miúdo na China".



Inspirar os parceiros, e os próprios colaboradores da empresa (160 no total) e apontar caminhos para um mercado em mudança são os principais objetivos do evento promovido pela PHC, admite o CEO Ricardo Parreira. A abordagem escolhida para o fazer é a do otimismo e das oportunidades por explorar e combina com o sentimento dominante entre os que estão no terreno e que por estes dias estiveram no Museu do Oriente.



A crise não passou, mas há no início deste ano um sentimento de otimismo que faz antecipar um ano melhor que o anterior, garante. A própria PHC confirma a tendência, com resultados acima dos esperado no primeiro trimestre de 2015.



O foco na redução de custos, que nos últimos anos determinou a forma como as empresas olhavam para as TIC deu lugar a preocupações diferentes: aumentar vendas, reter e conquistar clientes assumiram uma tónica mais forte nos discursos. A redução de custos não despareceu do top de prioridades, mas passou para segundo plano, admite Ricardo Parreira partilhando os inputs que tem recebido durante o evento.



As empresas estão agora mais preocupadas em responder a desafios como o aumento da produtividade, promover sinergias entre colaboradores, melhorar a relação com os clientes. São temas que não precisam apenas de tecnologia para serem endereçados mas onde as TI também podem ter um papel e isso reflete-se nas consultas aos fornecedores de soluções.



Pelo Mais PHC também vão passar as mais recentes novidades do software de gestão da empresa. Uma das mais relevantes tem a ver com o suporte, nas principais componentes do ERP, para o acesso via tablet e outros dispositivos móveis. A PHC tem vindo a trabalhar nesta evolução ao longo do último ano e aproveita o evento anual de parceiros para mostrar os resultados.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico