
Entre os dias 5 e 7 de março, o Pavilhão Desportivo do campus de Azurém, em Guimarães, acolheu a 17ª edição da RoboParty, com o seu objetivo de sempre de ensinar jovens e entusiastas a criar robots móveis autónomos de forma acessível e divertida.
Organizado pelo Laboratório de Automação e Robótica (LAR) da Universidade do Minho e pela botnroll.com, a iniciativa contou com a participação de cerca de 400 jovens distribuídos em 100 equipas, incluindo 10 provenientes do Brasil, uma da China e as restantes de várias regiões de Portugal.
Os participantes tiveram a oportunidade de aprender a construir e programar o Bot’n Roll ONE A+. Este robot, uma versão atualizada e melhorada em relação às edições anteriores, destaca-se pela compatibilidade com Arduino, encoders nas rodas, sensor de linha e integração com a Raspberry Pi, “proporcionando uma experiência de construção e programação ainda mais rica”, segundo explicou a organização em comunicado.
O evento teve início com uma formação sobre a construção da placa controladora e a soldadura de componentes eletrónicos, seguida pela montagem do kit. Em poucas horas, a maior parte das equipas já tinha os seus robots montados e prontos para os desafios seguintes.
Enquanto isso, também foi possível desfrutar de atividades lúdicas, como torneios de ténis de mesa, xadrez, basquetebol, tiro com arco e um divertido Peddy Paper. Paralelamente, os professores inscritos participaram em formações acreditadas, como a sessão de MatLab e Simulink conduzida por Ascension Vizinho-Coutry, representante da MathWorks, e a palestra de Nino Pereira sobre controlo de movimento e implementação de trajetos com PID, que trouxe exemplos práticos usando o Bot’n Roll.
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No segundo dia, os participantes começaram a programar os seus robots utilizando a linguagem Arduino IDE. A nova versão do Bot’n Roll revelou-se bastante versátil, permitindo a ligação de dispositivos como câmaras por meio da Raspberry Pi, além de possibilitar programação em Python.
Durante a tarde, os robots competiram no Fun Challenge, um desafio emocionante onde cada equipa tinha de empurrar bolas de ténis de mesa para o campo adversário, exigindo não apenas a performance técnica do robot, mas também a destreza dos participantes. No terceiro e último dia, os robots enfrentaram o desafio Crazy Race, no qual percorreram um labirinto e seguiram linhas com precisão.
O evento culminou com o Robot Show, onde os participantes demonstraram a criatividade ao programar os robots para dançar ao ritmo da música. Com um público entusiasmado, o espetáculo revelou belíssimos designs e movimentos programados, avaliados por um júri de oito elementos, segundo descreve a Universidade do Minho.
Os grandes vencedores desta edição foram as equipas EpraExpert, da Escola Profissional do Alto Lima, de Ponte da Barca, nos desafios Fun Challenge e Crazy Race, e FantaShow, composta por alunos da Escola Secundária Martins Sarmento de Guimarães, do Agrupamento de Escolas Alberto Sampaio de Braga e da Escola Profissional do Alto Lima de Arcos de Valdevez, que conquistou o primeiro lugar na competição de dança Robot Show.
Desde 2007, a RoboParty já envolveu mais de 8.500 jovens, mantendo sempre o objetivo de inspirar o gosto pela ciência e tecnologia.
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