Este mês, os três operadores móveis reviram os tarifários para os respectivos serviços de acesso à Internet via rede móvel. Para os clientes são boas notícias, já que as alterações trazem preços mais convidativos para quem satisfaz as necessidades com uma largura de banda menos exigente, introduzindo uma nova categoria de débito na modalidade pós-pago, e reduzindo os preços nas velocidades seguintes.



Voltamos por isso a fazer uma ronda pelas principais propostas tarifárias para dar uma ajuda a quem anda a fazer comparações entre propostas comerciais e partimos logo como a nota do costume: diferenças, há poucas.



A começar pela nova proposta tarifária para a gama de entrada. A Vodafone deu o primeiro passo, fazendo descer em cerca de 35 por cento o preço mais acessível das ofertas pós-pagas dos serviços de banda larga via rede móvel. TMN primeiro, Optimus em seguida seguiram-lhe o rasto.



A proposta mais barata para quem prefere o modelo de facturação mensal - o mais em conta para uma utilização regular ou intensiva - fixa-se agora numa mensalidade de 14,90 euros, com uma velocidade máxima na ligação de 1 Mbps e tráfego quase ilimitado. Isto porque, se bem que as três operadoras anunciam as novas ofertas como propostas de tráfego ilimitado, na prática não é bem assim. É certo que não há cortes na navegação se o cliente exceder um determinado volume de tráfego, mas há um abrandamento significativo do débito máximo da ligação após 1 GB de tráfego gerado, para uma velocidade de 128 Kbps. A mesma regra aplicam TMN e Optimus na nova classe de débito que permitiu diminuir o preço de entrada de ofertas pós-pagas de acesso à Internet móvel.



Este abrandamento da velocidade de ligação para os 128 Kbps vem também substituir os anteriores limites de tráfego impostos pelas empresas nas ofertas de 2 e 4 Mbps, aplicando a regra a três das cinco propostas comerciais que cada um dos três operadores apresenta em pós-pago.

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As propostas comerciais são no mesmo número nas três operadores e em termos de características também são iguais. A Vodafone começou com um modelo mais simples que o das concorrentes, com quatro ofertas tarifárias, aplicando a regra do abrandamento até aos 128 kbps em duas das quatro propostas comerciais (neste caso 1 Mbps e 2 Mbps), mas rapidamente reformulou a oferta e a colou à das concorrentes.



Assim, o abrandamento na velocidade da ligação é imposto, pelas três empresas, nos 2 GB, no caso da oferta de 2 Mbps e nos 4 GB, no caso da oferta de 4 Mbps. As propostas de (até) 7,2 Mbps e 21,6 Mbps não têm de facto limites de tráfego.



Com a renovação das propostas comerciais associadas à banda larga móvel pós-paga, os clientes deste tipo de serviço passaram então a ter à disposição ofertas com débito entre 1 e 21,6 Mbps e preços a variar entre os 14,90 e os 44,90 euros. Isto para o acesso a partir de qualquer local, já que todos os operadores oferecem preços ligeiramente mais em conta se o cliente usar a banda larga móvel apenas num único local.



Para um uso esporádico da Internet há ainda a considerar as ofertas pré-pagas. Nesta área os últimos meses também trouxeram mudanças na forma de apresentar propostas comerciais. TMN, Vodafone e Optimus alinham agora com ofertas balizadas por tempo de utilização, mas aqui existem diferenças.



As ofertas mais lineares pertencem à Vodafone e à Optimus. Esta última apresenta três propostas distintas, todas balizadas por tempo. As características são as que a seguir se indicam no quadro. Falta acrescentar que nas propostas para 12 e 30 dias de navegação a velocidade máxima proposta é de 2 Mbps e o tempo incluído tem de ser gasto de forma consecutiva. Na proposta que permite 10 horas de navegação, 1 Mbps é o que se oferece.

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A Vodafone propõe dois modelos tarifários onde as principais diferenças são mesmo o tempo de navegação à disposição do cliente e a velocidade, que no VitaNet Plus vai até 2 Mbps.

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Já a TMN tem disponível uma opção tempo e uma opção tráfego, para quem prefere banda larga recarregável. Em ambas, o cliente tem a opção de fazer carregamentos adicionais (de 5 euros) aos valores definidos pela empresa e ganhar mais tempo para navegar ou mais MB.

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Os mais curiosos podem espreitar a última montra feita pelo TeK a propósito deste assunto no verão passado e perceber a evolução dos preços, desde então, até agora.

Cristina A. Ferreira