O equipamento foi durante meses alvo de rumores e a especulação acabou mesmo por confirmar-se com um produto que acabaria por se assumir como decisivo no futuro da computação. Como já tinha feito com o iPhone, a Apple conseguiu repetir a receita de sucesso. Ditou tendências num mercado que era praticamente inexistente até à chegada do iPad e que hoje dinamiza as vendas de computadores e ajudou a dar forma a um leque de novos serviços e aplicação, que passaram a fazer sentido num equipamento centrado na ligação à Internet e na capacidade para tirar partido de conteúdos multimédia.



Apresentado por Steve Jobs em janeiro, o primeiro tablet da Apple chegaria às lojas três meses mais tarde, em abril, e a Portugal apenas em novembro, com preços entre os 599 e os 799 euros. A ausência de teclado, as dimensões e a interação por toque foram três elementos chave no novo equipamento.



Nesta versão de estreia o iPad tinha um ecrã de 9,7 polegadas multitoque com retroiluminação LED e um processador A4 a 1GHz.



Desde a primeira versão estiveram à disposição dos clientes três opções (agora há mais uma) 16, 32 ou 64 GB. Com apenas 0,5 polegadas (1,27 cm) e um peso de 1,5 onças (cerca de 680 gramas), o tablet também já assegurava uma autonomia de bateria de 10 horas.



A loja de aplicações foi outra mais-valia associada ao equipamento, que também estreou uma aplicação para leitura de livros naquele formato de ecrã, piscando o olho a um mercado de livros digitais que já começava a florescer.



"O iPad é a nossa tecnologia mais avançada num equipamento mágico e revolucionário, a um preço incrível", afirmava o CEO da Apple na abertura da conferência.



Os meses seguintes vieram confirmar que a inovação da Apple marcou os consumidores e dezenas de produtos para o mesmo segmento foram apresentados ou anunciados. E a Apple manteve a aposta nos tablets.

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A segunda geração do iPad foi apresentada pela Apple a 2 de março de 2011 e teve lançamento mundial dias depois, a 11 de março. Integrava um processador dual core A5 e permitia um desempenho até duas vezes mais rápido ao nível do CPU e até nove vezes mais célere no processamento gráfico, face à versão original.



A versão marca a chegada de duas câmaras e da videochamada com FaceTime ao tablet que, como explicava Steve Jobs na altura, era "dramaticamente mais fino" que a versão anterior. O modelo era 33% mais estreito que o antecessor, passando de 13,4 mm para 8,8 mm. Foi também nesta geração do tablet que a Apple introduziu duas opções de cor: branco e preto.

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O IPad 2 começou a ser vendido em Portugal no dia 25 de março com preços entre os 479 euros (para a versão Wi-Fi de 16GB) e os 799 euros para a versão Wi-Fi e 3G de 64GB, um preço próximo daquele que tem hoje o modelo mais recente do tablet já com um espaço para armazenamento de 128 GB.



O reduzido número de unidades disponibilizadas para o mercado português fez com o dispositivo esgotasse rapidamente nos vários retalhistas. Tinha acontecido o mesmo na primeira ronda de comercialização do tablet, em apenas dois dias de vendas.

Só meses após a estreia em Portugal o iPad 2 começou a ser vendido pelos operadores, a 30 de setembro.

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O iPad 3 - identificado pela Apple como o "novo iPad" - foi apresentado pela Apple a sete de março de 2012. O modelo trouxe melhorias ao nível da capacidade de processamento, graças ao dual core A5x, e maior resolução de ecrã, graças ao ecrã Retina. A resolução do modelo é de 2048 x 1536, ou 3,1 milhões de pixeis, num ecrã de 9,7 polegadas, mantendo a aposta no tamanho original do ecrã. A câmara é de 5 megapixéis e o vídeo de alta resolução.



A terceira geração do iPad ficou ainda marcada pelo esforço da Apple para chegar mais rapidamente a um número maior de mercados. Portugal integrou o segundo grupo de países a receber o modelo que menos tempo de "vida útil" teve na história dos tablets da Apple. As vendas locais iniciaram-se logo a 23 de março. Foi também a primeira incursão (polémica) dos tablets da Apple no 4G, mas só para os Estados Unidos e Canadá.

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A novidade seguinte confirmou a existência de uma versão Mini. O iPad Mini foi revelado a 23 de outubro, no mesmo dia em que a Apple apresentou o iPad de quarta geração. O dispositivo fazia parte da lista de rumores de possíveis produtos a lançar pela companhia há muito e acabou mesmo por concretizar-se. Esta versão condensada é 23% mais fina que o iPad 2 e 53% mais leve. Conta com 7,9 polegadas de ecrã e uma câmara de 5 megapixéis. A qualidade de imagem nesta versão mini manteve-se, como a Apple fez questão de explicar na altura.




O iPad Mini começou a ser vendido em Portugal a 3 de dezembro pela Vodafone que ultrapassou a concorrência e garantiu a estreia, depois da Optimus se ter antecipado no anúncio do arranque das vendas para 5 de dezembro.



Dias antes, em novembro, a Vodafone tinha também sido a primeira das três operadoras a disponibilizar o iPad de quarta geração com suporte para a rede móvel. A versão Wi-Fi chegou algumas semanas antes, a 2 de novembro.


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Esta quarta geração do tablet da Apple ganhou um novo processador, o A6x, que garante duas vezes mais performance e duas vezes melhor desempenho ao nível das tarefas do CPU. Também trouxe melhorias ao nível da autonomia, que voltou a ser de 10 horas na modalidade de consumo mais exigente.



Dos dois modelos (iPad 4 e iPad Mini) a Apple vendeu três milhões de unidades em apenas três dias, batendo mais um recorde de vendas.

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A última novidade foi o lançamento de uma versão do dispositivo com capacidade de armazenamento reformulada: 128 GB. O modelo ficou disponível em Portugal a partir de 5 de fevereiro.
Custa 809 euros na versão Wi-Fi ou 939 euros na versão também com cobertura de rede móvel.

O bouquet de equipamentos disponíveis neste momento varia assim entre três opções, que se diferenciam pelo tamanho, capacidade de armazenamento e qualidade de ecrã e imagem, essencialmente. No seu site a Apple resume assim as diferenças.

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Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Cristina A. Ferreira