Todos os dias aparecem novas e boas aplicações para os sistemas operativos móveis, mas só de vez em quando é que se levanta um novo suprassumo que é de tal forma bem concebido que vai consumir a alma a milhões de pessoas.
O fenómeno mais recente - e que já dura há largos meses - chama-se Candy Crush Saga e é da autoria da King.com. Os estúdios de desenvolvimento redesenharam o já muito explorado conceito de Bejeweled, mas parecem ter feito o trabalho como poucos conseguiram fazer até hoje.
Por dia estima-se que mais de 40 milhões de pessoas joguem o título em dispositivos móveis ou plataformas sociais, sendo que o número de utilizadores está situado acima dos 120 milhões, de acordo com várias publicações internacionais.
O estilo infantil e a música repetitiva parecem não ser um entrava para que miúdos e graúdos percam horas e horas a tentar rebentar doces. E percam algum dinheiro também. A aplicação além de constar entre as principais grátis no iOS e Android, consta também nos tops dos software mais rentáveis.
O Candy Crush consegue faturar por dia cerca de 800 mil dólares, perto de 590 mil euros.
A King tem ainda a particularidade de ter sido das poucas empresas de aplicações móveis e jogos sociais a apostar em publicidade na televisão portuguesa relativa aos seus produtos. Na antena nacional já passaram anúncios do Candy Crush Saga e do Rescue Pet Saga.
E é sobre os outros jogos da King.com que o TeK fala hoje. São mais três títulos, um deles ainda por lançar, mas que pode cimentar a King como o próximo gigante dos jogos online de vertente social - a Zynga que se cuida, ou que se chegue com dinheiro à frente.
Rescue Pet Saga
Este jogo acaba por ter muito de inspiração do título principal da empresa, sendo uma tentativa de replicar o Candy Crush em temas de jogo diferentes.
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Em cenários onde os blocos às cores se vão acumulando, o utilizador tem que juntar no mínimo dois de cada cor para ir abrindo caminho aos animais que estão presos entre os blocos. O objetivo do jogo é salvar a bicharada e para isso o jogador pode contar com itens especiais, que eliminam todos os elementos de uma cor por exemplo.
O número de downloads deste título situa-se dez vezes abaixo do Candy Crush, mas já conquistou vários milhões de fãs em todo o mundo.
Bubble Witch Saga
Os cérebros por trás da King são especialistas na criação de sagas. A terceira da empresa é a que tem menos downloads até ao momento - algures entre os dez e 50 milhões -, mas representa uma tentativa diferenciadora de captar a atenção dos jogadores.
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Inspirado no sistema de jogo do Puzzle Bubble, o jogador tem bolas a sair de um caldeirão de bruxask, e essas bolas têm que corresponder com outras duas que estão situadas no "teto" do cenário. Depois é tentar eliminar todas as bolas no menor número de jogadas possível e conquistar a maior pontuação.
Papa Pear Saga - o senhor que se segue
Este jogo tem possivelmente uma das tarefas mais complicadas da história das aplicações móveis - conseguir suceder em qualidade e em vício ao Candy Crush. A mesma tarefa tem sido atribuída aos dois títulos já referidos, mas os "doces" continuam e vão continuar nos tops de preferências.
Desta vez a King deixou o estilo Bejeweled de lado e apostou no estilo pachinko, que muitos podem ter experimentado no jogo Peggle da PopCap Games.
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O jogador vai ter "cestos" na parte inferior do ecrã, onde será preciso introduzir bolas. O número de bolas é limitado e pelo meio existem elementos no ecrã que podem ser destruídos para trabalhar a pontuação. Em cada nível os jogadores vão poder conquistar até três estrelas.
O lançamento está previsto para o final do ano para os dispositivos do sistema operativo da Apple. Ainda não há uma data concreta para uma lançamento nem para a chegada ao Android.
Os lucros do vício
Não deixa de ser curioso que uma empresa que está agora a preparar-se para entrar na bolsa de valores tenha apenas três jogos nas lojas de aplicações do Android e iOS, não apostando sequer no Windows Phone e no BlackBerry.
A outra aposta, no Facebook, tem mais potencial de angariar utilizadores e "agarrados" já que todos os títulos têm uma forte componente social - por vezes para avançar mais rapidamente num jogo é necessário pedir ajuda aos círculos virtuais de amigos.
E dos leitores do TeK, quem é que já investiu dezenas de horas nos níveis do Candy Crush ou do Rescue Pet Saga? Os leitores são ainda convidados a deixar sugestões de outros jogos que considerem "perigosamente viciantes".
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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