A Microsoft deverá lançar na Europa uma versão do Windows 7 sem Internet Explorer, que pode ser configurada pelo fabricante do computador para desinstalar o navegador de Internet ou dar logo na abertura a possibilidade de instalar alternativas gratuitas que existem no mercado.

Este movimento da gigante de software pretende evitar mais uma multa da Comissão Europeia por violação das regras da concorrência, já que depois de uma queixa da norueguesa Opera o executivo europeu tem vindo a analisar a possibilidade da integração do IE no Windows limitar a concorrência.

Na verdade o Internet Explorer, nas suas várias versões, é de longe o browser mais utilizado em todo o mundo, embora as alternativas existam, estejam largamente divulgadas e sejam gratuitas.

Mais do que o desconhecimento dos utilizadores sobre as alternativas, pode-se por isso especular sobre a principal razão da manutenção do domínio do Internet Explorer: a inércia que faz com que se mantenha o browser que vem pré-instalado, ou então, o reconhecimento de que este é o melhor navegador de Internet de entre as várias opções existentes para Windows.

Os números da StatCounter - em gráfico abaixo - mostram que, a nível global, o Internet Explorer da Microsoft é líder destacado entre os browsers, reunindo 63,6% das preferências. O navegador é seguido de longe pelo Firefox da Mozilla com 28,2%, o Opera com 2,93%, o Safari da Apple com apenas 2,74% e o Chrome da Google com 1,85%. Note-se que este índice é um dos mais actualizados, embora os métodos da empresa tenham já sido colocados em causa por analistas.

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Em Portugal o equilibrio entre o Internet Explorer e outros browsers é semelhante, mas o IE da Microsoft tem ligeiramente mais adeptos, com uma quota de 63,9%. O browser que se segue é o Firefox, com 29,5% (mais também do que a percentagem global), mas o terceiro lugar pertence ao Chrome da Google com 2,6% e não ao Opera, que fica com o quinto lugar e 1,55%.

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Soluções dinâmicas
Se o Internet Explorer tem agora a liderança do mercado, quem já cá anda há alguns anos sabe que nem sempre foi assim, e que a Microsoft teve que "subir a pulso" face ao domínio do Netscape, que dava cartas nos anos 90. Este foi, aliás, a grande vítima do crescimento do Internet Explorer, já que acabaria por ser descontinuado em 2008 pela AOL, que adquiriu a Netscape, embora parte do seu histórico tenha sido conservado no projecto Mozilla, que sustenta o actual Firefox.

Embora gratuitas, as aplicações de navegação Internet têm sido nos últimos anos um dos segmentos mais dinâmicos do mercado, com actualizações frequentes, adição de novas funcionalidades e entrada de novos players. A Google é uma das mais recentes entradas no mercado, com o Chrome, mas a Mozilla mantém o fôlego com o Firefox e a Apple continua a renovar o seu Safari, tendo disponibilizado em Junho a versão 4.

Veja aqui as funcionalidades dos 5 principais browsers do mercado e verifique qual se ajusta mais às suas necessidades. Note porém que, apesar da renovação constante, as funcionalidades dos browsers são muito equilibradas, e mesmo quando uma versão introduz uma nova característica que ganha a simpatia dos utilizadores, é certo e sabido que ela integrará as ofertas da concorrência em breve, pelo que não espere grandes diferenças.

Chrome da Google
O peso da marca Goole é significativo para que apesar da sua juventude o Chrome já se encontre bem posicionado entre os 5 browsers mais populares no mercado. A promoção cruzada dentro dos serviços da empresa (do género: o Gmail é mais rápido com o Chrome), também ajuda...

Lançado em 2008, o Chrome já está na versão 2.0 e vai ser a base do novo sistema operativo da Google para PCs, que deverá ver a luz do dia em 2010

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Entre os principais destaque contam-se a Navegação privada, através de uma janela especial onde o histórico da navegação não é guardado, a pesquisa directa a partir da barra de endereço - também possível noutros browsers que usem a barra de ferramenta da Google, e a apresentação das miniaturas dos sites favoritos.

Internet Explorer da Microsoft
Actualmente na versão 8, o Internet Explorer da Microsoft recebeu nesta última actualização várias melhorias, com destaque para os Aceleradores Web e os Web Slices.

O reforço da segurança é também um dos pontos mais destacados pela Microsoft nesta nova versão.

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Firefox da Mozilla
Herdeiro do Netscape e defensor do espírito open source, o Firefox é o principal concorrente do Internet Explorer e reúne mesmo a simpatia da maioria dos leitores do TeK que participaram num inquérito recente.

A versão 3.5 foi lançada ainda este mês, mas com uma falha grave séria que acabaria por ser resolvida poucas horas depois de ter sido conhecida. O desempenho é o "cavalo de batalha" da Mozilla, que garante que a nova versão é duas vezes mais rápida do que o Firefox 3. Mas o menor recurso de memória do PC e a personalização são também pontos importantes a considerar.

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Opera da Opera

É de louvar o esforço que a Opera tem feito na área dos browsers, remando contra as marés dominantes do Internet Explorer mas também do Firefox. A empresa norueguesa tem lutado em várias frentes, actualizando funcionalidades e "evangelizando" utilizadores, mas também a nível legal, sendo a actual investigação ao Internet Explorer na Comissão Europeia sustentada numa queixa que apresentou por se sentir lesada pelas práticas anti-concorrenciais da gigante de software norte-americana.

A versão que está disponível para download é a 9.64, mas os mais curiosos já podem experimentar a beta do Opera 10.

Sem grandes surpresas, os destaques vão também para a velocidade de navegação, a segurança e a personalização.

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Safari da Apple

Mesmo que muitos ainda pensem no Safari como um browser Mac, a versão Windows tem conquistado seguidores fiéis e os lançamentos de novas versões têm-se mantido a par.

A versão 4.0 foi descarregada 11 milhões de vezes nos 3 dias que se seguiram ao lançamento da versão final, e a Apple garante que 6 milhões de downloads se destinavam a plataformas Windows.

O Safari 4 reclama ser três vezes mais rápido a carregar páginas HTML do que o IE e do que o Firefox e entre as novas funcionalidades conta-se o Top Sites.

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Há ainda dezenas de outras opções para Windows, algumas baseadas no Firefox, mas a sua expressão de mercado é bastante limitada pelo que decidimos não os referir nesta peça.

Partlhe também connosco a sua opinião sobre os vários browsers e a sua experiência pessoal, sugerindo outras alternativas que podem ser úteis aos leitores do TeK.