O mercado dos relógios inteligentes tem sido morno. Não têm chegado muitos modelos novos ao retalho e o valor das propostas não varia muito. Por isso é que sempre que uma grande tecnológica promete novidades na área, as “antenas” dos consumidores sintonizam imediatamente para o que se segue.
Esta semana, na quinta-feira 13 de agosto, a Samsung conseguiu fazer isso na perfeição. No final do evento de apresentação do Galaxy Note 5 e do Galaxy S6 Edge+ a tecnológica sul-coreana mostrou o seu próximo smartwatch: o Gear S2.
As imagens foram claras e não quiseram esconder nada. A Samsung já tinha aliás surpreendido a comunidade tecnológica ao abordar este lançamento de uma maneira diferente: primeiro recrutou os programadores e revelou o design do software, deixando o resto para mais tarde.
Do que já foi revelado oficialmente e de algumas informações que vão surgindo na Internet, isto é o que se pode esperar do Gear S2.
Design
Aqui melhor do que ler, é mesmo ver como será o novo smartwatch da Samsung. As imagens foram partilhadas pela própria tecnológica sul-coreana:
O que se percebe das imagens? Que a Samsung desta vez parece estar mais focada no desenvolvimento de um relógio do que de um smartphone de pulso.
O design minimalista, o aspeto redondo e a construção aparentemente em metal denunciam o conceito.
Existem dois botões na parte lateral do relógio e de acordo com as informações até aqui apuradas, a moldura do relógio, isto é, o rebordo em torno do mostrador principal, vai poder ser rodado. Com esse movimento os utilizadores poderão interagir com o interface do relógio através do hardware em si e não tanto através do toque do dedo.
Aplicações
Meteorologia, comandos de voz, calendário, definições, Nike Running+, S Health, chamadas e mensagens são as aplicações visíveis na fotografia 6 da galeria.
A Samsung optou por um sistema de aplicações em “bolha”, um pouco como a Apple fez com o Watch, ainda que os dois interfaces sejam muito distintos. E a forma de interação também o será.
Pelas imagens partilhadas sabe-se ainda que o relógio fará um registo de alguns indicadores biológicos do utilizador, como os batimentos cardíacos.
Também vão estar disponíveis várias faces para o relógio, o que permitirá ter uma experiência diferente de dia para dia, mas isto é algo que também já existe nos principais smartwatches que estão no mercado.
Sistema operativo
A palavra Galaxy não foi referida durante a apresentação do relógio e não faz parte do nome oficial. Isso parece indicar que uma vez mais a Samsung vai optar pelo seu sistema operativo próprio, o Tizen, para “alimentar” o dispositivo.
Por um lado a Samsung consegue assim controlar toda a experiência de utilização, uma das áreas nas quais o relógio pode diferenciar-se. Por outro o wearable não vai poder aceder às centenas de aplicações que já existem para Android Wear.
E sabendo que atualmente o Android é o sistema operativo móvel mais usado do mundo, pode haver na cabeça dos consumidores um “travão” psicológico na altura de adquirir um equipamento que não faz parte deste ecossistema gigante.
No dia 3 de setembro, quando for revelado na IFA, também se ficará a saber se será compatível apenas com dispositivos móveis da Samsung - e dentro da empresa, com quais -, ou se vai apostar uma estratégia mais abrangente e suportar outros smartphones Android.
Independência
O Samsung Gear S original foi o primeiro relógio inteligente a dispensar por completo o smartphone, mas mantendo todas as funcionalidades. Isto porque o relógio suporta cartões SIM e tem a sua própria ligação à Internet móvel.
Sabendo que o Gear S2 é um sucessor direto, é talvez de esperar que venha com o mesmo nível de independência. Isso faria com que mantivesse uma grande vantagem face à concorrência mais direta - como o Apple Watch -, que no máximo consegue ligar-se de forma independente a redes Wi-Fi.
Preço e disponibilidade
Sobre estes tópicos ainda não há nenhuma indicação, mas certamente que vão condicionar o desempenho comercial do relógio. O mais popular dos smartwatches até ao momento, o Apple Watch, começa nos 350 euros e pode custar até alguns milhares de euros.
Abaixo destes níveis de preço a Samsung também tem muitos concorrentes, como o Asus ZenWatch, o Motorola Moto 360 ou o LG Watch Urbane.
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