Os drones que conhecemos hoje em dia são equipamentos complexos, verdadeiros exemplos de como a tecnologia de consumo tem evoluído. Nunca antes um dispositivo “voador” e com semelhantes características foi tão apelativo em termos de preço, nem tão pouco apresentou funcionalidades tão marcadas pela facilidade de utilização e satisfação das necessidades de diversão e captação de imagens do utilizador comum.

E estamos a falar dos drones de consumo, que entendemos como os modelos que de momento as respetivas marcas dirigem a quem nunca antes pilotou um equipamento do género e que começa a interessar-se por tal.

Ou seja, não nos estamos a referir aos modelos mais profissionais, que há já alguns anos estão ao serviço de alguns técnicos de infraestruturas, por exemplo, nem aos dispositivos que os mais entusiastas personalizam e modificam, componente a componente, a pensar nas competições de drones.

Utilizações convencionais

Segundo o que indicámos atrás, é então normal que muitos de nós comecemos a “sonhar” com a aquisição de um drone, apesar de este ser um gadget que ainda acarreta um investimento considerável.

Nesse sentido, será sempre bom, antes de mais, perceber quais os propósitos para os quais desejamos ter o drone ao nosso serviço. Fácil: o objetivo, quase sempre, passa por podermos aliar o prazer e diversão da pilotagem de um veículo aéreo comandado à distância à possibilidade de captar fotos e vídeos em alta definição (ou 4k, até) a partir do ar.  

Não se trata de um dispositivo de eletrónica de consumo que utilizamos todos os dias, como é um smartphone, por exemplo, é antes um equipamento com que “brincamos” ao fim de semana e em atividades de lazer, na maior parte das vezes.

O que ter em conta?

Assim, e apesar de não sermos superespecialistas na matéria, é importante listar e analisar os diferentes fatores a ter em conta na hora de escolher o drone a adquirir. A começar pela autonomia, pois esta é uma das maiores surpresas quando um utilizador começa a “investigar” um pouco sobre o assunto.

Tirando um outro modelo mais pró, fique a saber que a autonomia da bateria de um drone varia entre os 20 e os 30 minutos. O novíssimo DJI Mavic Pro, por exemplo, eventualmente um dos modelos mais adaptados às exigências de um utilizador normal de equipamentos do género, voa durante 27 minutos, diz a marca, sem ter de pousar para trocar de bateria. Esta é a razão pela qual as baterias extra são um dos itens que mais se vendem em separado.

Mas não se preocupe: o drone não vai simplesmente parar de funcionar e estatelar-se no chão, está preparado para regressar ao seu piloto assim que as baterias começarem a dar sinal de estarem prestes a esgotar-se.

Depois, há outras questões práticas. Entre elas estão a distância até que podem ser controlados, que pode ser de até 5 km em altitude, por exemplo, a velocidade que pode ser alcançada (há modelos que se deslocam a 65 km por hora…) e a capacidade de deteção de obstáculos.

Neste ponto em particular, é importante realçar, sem entrar em grandes pormenores técnicos, que o chip GPS integrado, a par de vários sensores e câmaras, fazem com que o drone consiga “perceber” onde está, evitar árvores ou outros elementos a 15 metros, por exemplo, e até manter-se “sossegadinho” a pairar e a aguardar pelas suas ordens de voo.  

Controlo à distância e apps móveis

Por falar nisso, a questão do controlo dos equipamentos é, porventura, a mais complexa e desafiante. Os comandos à distância assemelham-se aos periféricos que utilizamos para jogar consola, dando um exemplo banal, e incluem joysticks e ecrãs que lançam um desafio muito interessante: controlar na perfeição o drone ao mesmo tempo que colocamos a câmara a fotografar ou filmar o que queremos e do modo que queremos.

É por isso que a ligação a smartphones e tablets com base em apps móveis é uma realidade em todos os modelos, ao mesmo tempo que as câmaras estão preparadas para registar fotografias de muitos MP e vídeos muitas vezes de qualidade 4k e a 60 fps. O novo Karma da GoPro é um exemplo de como a nova actioncam Hero 5 faz com que surja um drone para a complementar da melhor forma.

É então normal que tenha dúvidas agora que decidiu que está na hora de investir num drone e começar a fotografar e filmar o mundo a partir do ar. E de seguida pode ficar a conhecer os oito modelos que mais despertam atenções no momento, sendo que uns são mais funcionais e “inteligentes” (e caros!) que outros.

Lembre-se que há já drones que captam selfies, que fazem entregas de produtos e que até causam acidentes… E não deixe de consultar as regras de pilotagem de drones recentemente estabelecidas em Portugal. Depois disso… bons voos!