O verdadeiro "pai" do Magalhães tem uma nova versão, que traz mais flexibilidade e robustez e abre portas a novas utilizações em ambiente educativo dentro e fora da sala de aula.

O desenvolvimento do Classmate como um portátil de baixo custo para o mercado educativo já remonta a 2004. Inicialmente concebido para países emergentes, o conceito foi sendo alargado e actualizado de acordo com a evolução tecnológica, materializando-se com nomes e formatos ligeiramente diferentes em vários mercados, entre os quais se conta o português Magalhães.

Vários formatos e diferentes processadores com "Intel inside" concretizaram a
aposta da gigante da Internet que viu no modelo OLPC preconizado por Negroponte uma oportunidade de reduzir as diferenças entre a educação nos países mais ricos mas quis juntar a sua visão ao conceito..

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O novo modelo do Classmate volta a renovar algumas das características do portátil, mantendo porém várias linhas de fusão com os portáteis originais. O novo tablet já tinha sido antecipado pela Intel e integra um processador Atom, um ecrã LCD de 10,1 polegadas e um formato "convertível", passando rapidamente de um portátil em formato de concha tradicional a bloco de notas digital.

O interface do ecrã sensível ao tacto foi optimizado para a leitura de documentos, mas ganha também junto de uma população mais jovem pela capacidade de usar a caneta para escrever no ecrã, afastando algumas das críticas que eram feitas a modelos anteriores que baseavam todos os inputs no teclado, não permitindo que os alunos treinassem o exercício da escrita manual.

Mas a Intel teve o cuidado de "adaptar" este tipo de uso à idade, com uma funcionalidade adicional no modo tablet de "rejeição de palma" que ignora o toque de mãos que permaneçam sobre o ecrã, para uma utilização mais intuitiva.

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O acalerómetro interno "sente" a mudança de direcção do ecrã e ajusta-se ao sentido de utilização, uma capacidade já incluída em todos os novos tablets e até telemóveis touch screen.

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A câmara de vídeo passa também a ter um formato rotativo, apontando para o que o aluno quer captar, tendo sido contmplado também uma melhoria da capacidade de memória e da bateria, que pode agora durar até 8,5 horas.

A ligação à rede continua a ser feita por Wi-Fi, mas foram introduzidas as opções de 3G e WiMax, adaptáveis a diferentes condições das escolas.

Apesar das renovações, o novo Classmate mantém muitas das funcionalidades já adoptadas, como a resistência a quedas, o teclado resistente à água e a bactérias, este último opcional.

A par do hardware a Intel está também a trabalhar no reforço do software educativo e estabeleceu uma nova parceria com a editora McGraw-Hill para o desenvolvimento de um conjunto de ferramentas para a nova geração de leitores. O LEAD21 é um programa de literacia e linguagem que completa a versão para os alunos com recursos para os educadores.

Modelo todo o terreno
A Intel defende que as novas características tornam o Classmate ainda mais "portátil", adaptando-se de forma fácil a actividades dentro da sala de aula, mas também em laboratórios e trabalho de campo.

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Foi isso mesmo que a empresa pretendeu mostrar ao fazer o lançamento do novo modelo no Zoo de Nova Iorque, onde um grupo de alunos usou o portátil para tirar nota das espécies observadas, como se pode ver no filme produzido pela Intel.

Estas imagens dão uma ideia do uso no terreno do notebook, mas um outro vídeo que o TeK já tinha publicado dá mais pormenores sobre as opções técnicas que estão por detrás do conceito.