Hoje é o site com o ritmo de crescimento mais acelerado da curta história das redes sociais, mas os primeiros tempos não foram fáceis para o Pinterest.



Reza(m) a(s) história(s) que só sobreviveu graças à persistência do seu criador Ben Silbermann, um ex-funcionário do Google, que apesar de ser aconselhado a abandonar o projeto, acreditou no seu potencial.



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O sonho começou em 2009 e foi mantido com a ajuda de dois amigos dos tempos de universidade, Evan Sharp e Paul Sciarra. Os três dizem que no início chegaram a contactar individualmente os poucos utilizadores que a nova rede social mantinha, com pedidos de sugestões para melhorar o serviço.



Silbermann afirmou mesmo, durante a sua participação na última edição do SXSW, que deixava o número de telemóvel nas homepages dos utilizadores para que o contactassem e que deve ter chegado a falar diretamente os primeiros 5.000 utilizadores do serviço.



Terá sido o público feminino, que continua a constituir a maior parte dos membros do Pinterest (mais de 80%), e mais especificamente aquele mais atento às questões da moda e beleza, que relançou o mural virtual.



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Os dados mais recentes mostram o sucesso entretanto alcançado, com o site a registar o crescimento mais rápido da curta história das redes sociais, e a quase igualar o veterano Twitter em tráfego gerado, no início deste ano.



E se em fevereiro de 2011, o Pinterest somava apenas 170.000 utilizadores únicos, os dados, da ComScore, para o mesmo mês de 2012 mostram um crescimento para perto de 12 milhões de utilizadores. Só entre janeiro e fevereiro deste ano, este índice aumentou 52%.


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O Pinterest pega no conceito do tradicional "quadro de cortiça" onde prendemos memórias, interesses e recados com pioneses, e transporta-o para o mundo virtual, permitindo "pendurar" imagens que representem os mais variados interesses dos seus membros.



Diversidade não falta, com temas que cobrem desde a já mencionada moda e beleza, à culinária, passando pelo cinema, desporto, animais, viagens, decoração, etc.



Um dos aspectos considerados mais apelativos está no modo como o Pinterest exibe os "pins" criados.



O site abandona o modelo cronológico usado pela maior parte dos seus concorrentes, baseado no conceito de atualidade, e prefere apostar numa disposição por colunas, a fazer lembrar um jornal. A popularidade é o critério aplicado às publicações apresentadas a partir da homepage.



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O serviço permite aos seus membros criarem as suas coleções de imagens, e depois publicá-las em sites como o Facebook ou o Twitter. Tal como acontece noutras redes sociais, é possível "gostar", "comentar" e "partilhar" cada um dos pins.


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Além de atrair "utilizadores individuais", o Pinterest tem tido bastante sucesso entre marcas e empresas, mostrando ao Facebook - onde o modelo de negócio está a custar a vingar - que pode ser um concorrente à altura neste segmento.



Refira-se que o Pinterest foi criado como uma rede fechada, que funcionava apenas por convites de "amigos", e que ainda permanece como tal, mas agora com a opção adicional de os interessados poderem inscrever-se diretamente a partir do site e ficarem em lista de espera.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Patrícia Calé