À primeira vista, parece um tablet; olhando mais de perto, contudo, percebe-se facilmente que se trata de um gadget com um ecrã tátil um pouco mais luminoso, apesar de o utilizador não estar a tocar no painel tanto quanto seria de esperar. Sim, é um e-reader em ação com um dos milhares de e-books que estão disponíveis na internet com ou sem custos associados.
O mundo da tecnologia tem episódios curiosos e a capacidade para resistir ao passar do tempo por parte deste tipo de equipamento é impressionante. O e-reader existe desde quando ainda ninguém falava sequer em tablets (tem génese ainda na primeira década deste milénio), serve normalmente em exclusivo para reproduzir livros electrónicos e recorre a tecnologias de e-ink para colocar no ecrã os respetivos conteúdos com melhor legibilidade e muitas vezes a preto e branco.
Mas quais as vantagens que fazem com que os e-readers continuem a ser procurados nas prateleiras das lojas da especialidade? São várias, como pode ver pela galeria abaixo, composta por alguns dos mais recentes leitores de livros digitais que podemos escolher nos tempos que correm.
Acima das restantes características estão aquelas que fazem com que um e-reader leve vantagem sobre um tablet ou um smartphone na tarefa específica de ler livros eletrónicos. Estamos a falar do ecrã, que é normalmente mais luminoso (com possibilidade de ajustarmos esta intensidade de brilho), “resiste” melhor aos reflexos causados pela incidência da luz solar direta ou excesso de iluminação ambientes e, consequentemente, acaba por gerar índices mais reduzidos de cansaço ocular.
Logo a seguir surge a autonomia. Este é um gadget que normalmente não serve para navegar na Web, “passear” nas redes sociais, reproduzir vídeos do YouTube ou visualizar séries no Netflix. As tarefas que num tablet ou smartphone mais consomem energia são deixadas de lado por um equipamento que tem como finalidade principal a leitura. Assim, as baterias integradas podem durar semanas, mesmo sabendo que a ligação Wi-Fi é uma característica quase sempre presente.
E-readers não geram distrações...
Há, contudo, utilizadores que preferem um e-reader por uma razão muito particular. Não por se tratar de um dispositivo muito leve e fino, mas sim porque, tal como um livro, é um objeto tecnológico que não gera qualquer tipo de distração adicional. Não há lugar a notificações, a troca de mensagens, a chamadas que interrompem a concentração.
Isto é o mesmo que dizer que a experiência de leitura proporcionada por um e-reader é o que mais próximo encontramos face ao conceito de leitura normal, com um livro convencional nas mãos. A maior diferença é que o formato papel é substituído pelo formato digital, com as inegáveis vantagens de ser reduzido o peso e de podermos ter num e-reader dezenas ou centenas de livros em formato eletrónico. Mas também de poder consultar um dicionário, ou tomar notas digitalmente sobre o livro.
Por fim, a questão do preço. Como é verificável nos modelos incluídos na galeria mais acima, este é um assunto complexo no segmento dos e-readers, visto que nas opções mais avançadas e com mais funcionalidades encontramos valores mais elevados do que alguns tablets que conhecemos. No fundo, é uma questão de ver até que ponto leva a leitura a sério. Neste caso, em formato digital.
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