A iniciativa InCoDe.2030 foi anunciada em abril deste ano e está focada no desenvolvimento das competências necessárias para que Portugal possa tirar mais partido do desenvolvimento da tecnologia e explorar o potencial de acesso ao conhecimento e participação em redes de colaboração científica e tecnológica. Hoje decorre o primeiro Fórum, que junta uma série de entidades que participam na iniciativa e que pretende alargar o debate em torno dos desafios que Portugal enfrenta nesta área.
A necessidade de mobilização e conjugação de esforços da sociedade civil é uma das linhas apontadas pela organização, assim como de ganhar maior visibilidade internacional, para a abertura a novos mercados e a atração de novos talentos.
Durante o Fórum de Coimbra vão ser apresentados vários projetos que estão em curso no âmbito dos 5 eixos da Iniciativa Portugal INCoDe.2030. A organização destaca o alinhamento destas iniciativas:
Inclusão (Eixo 1):
- Comunidades criativas para a inclusão digital: criação de balcões fixos e móveis para dar acesso à internet e a toda a população
- Selo INCoDe Inclusão Digital: Plataforma Interativa para sistematização de informação e referenciação de iniciativas e boas práticas pelas entidades e organizações promotoras.
Educação (Eixo 2):
- Desenvolvimento de recursos educativos digitais e alargamento das TIC na matriz curricular, juntamente com a formação de professores na área das TIC, em curso pela Direção Geral de Educação;
Qualificação (Eixo 3):
- Qualificação de técnicos e das organizações para responderem aos desafios da transformação digital, incluindo a introdução de sistemas ciberfísicos, inteligentes e interligados, nos processos de produção, na cadeia de valor, na relação com o cliente e no modelo de negócio, em curso sob coordenação do Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI), no âmbito do Programa Indústria 4.0.
- Formação para a cidadania digital, destinada a toda a população portuguesa, visando, entre outros aspectos, a utilização dos serviços públicos online e QUALIFICA+, intervenção formativa, orientada para os grupos que apresentam baixas qualificações, grande défice de competências e desajuste face às necessidades do mercado de emprego, consequentemente com maior risco de exclusão social, em curso pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
- Parcerias para a requalificação digital, entre Instituições do Ensino Superior e empresas, de caráter estratégico, visando a formação em áreas TIC e dirigidos a públicos com qualificação superior.
- Qualificação da administração pública, visando capacitar, replicar e disseminar conhecimento na gestão e manutenção de portais na Internet, elaboração de procedimentos contratuais, juntamente com a aquisição de competências digitais para a reorientação de carreiras.
Especialização (Eixo 4):
- Promoção de ciclos curtos de formação superior (TESP’s) nos Politécnicos: orientados para a educação e empregabilidade dos jovens e, em simultâneo, complementar o currículo académico com uma componente prática de trabalho em ambiente real integrando equipas de projeto. Destinam-se a dois públicos distintos:
- Jovens finalistas do ensino secundário, a quem será atribuído um estágio de longa duração, de modo a garantir os recursos para a conclusão do programa e da licenciatura. Um exemplo inclui o programa “BrightStart”, desenvolvido pela Deloitte Portugal e pelo Politécnico de Setúbal;
- Adultos, com ensino secundário, e geralmente entre 26 e 35 anos, estimulando novas competências digitais, incluindo a aprendizagem de sistemas ciberfísicos, inteligentes e interligados em ambiente de especialização profissional em politécnicos.
- Promoção de mestrados orientados profissionalmente: orientados para a especialização de licenciados e de profissionais qualificados e, em simultâneo, complementar o currículo académico com uma componente prática de especialização em competências digitais integrando equipas de projeto em empresas em áreas de elevada especialização em sistemas ciberfísicos, inteligentes e interligados.
Investigação (Eixo 5)
- Promoção de novas atividades de I&D nas áreas da computação científica, em ciências e tecnologias quânticas, inteligência artificial e media digital, designadamente através da instalação e operação de novos recursos de supercomputação em Portugal através da instalação do Minho Advanced Computing Centre (MACC), como uma infraestrutura em instalação pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) na Universidade do Minho em Braga, no âmbito da colaboração iniciada há dez anos com o Texas Advanced Computing Centre (TACC) da Universidade do Texas, em Austin. A instalação do MACC complementa os recursos já existentes nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo e do Centro e será totalmente integrada nas redes nacional, europeia e internacional em modos de acesso abertos e gerida por uma Comissão de peritos, com coordenação pelos serviços de computação avançada da FCT.
- Estabelecimento e promoção da rede “AIR CENTRE DATA INTELLIGENCE NETWORK (AIR_DataNet)”, que contribuirá para o avanço da computação avançada, EuroHPC, de que Portugal é um dos primeiros signatários e usará os novos recursos instalados no MACC e em estreita cooperação internacional, designadamente com o Barcelona Supercomputer centre (BSC) e o Texas Advanced Computing Centre (TACC) da Universidade do Texas, em Austin.
No site do InCoDe.2030 pode obter mais informação sobre as várias iniciativas e o programa do Fórum.
Pergunta do Dia
Em destaque
-
Multimédia
20 anos de Halo 2 trazem mapas clássicos e a mítica Demo E3 de volta -
App do dia
Proteja a galáxia dos invasores com o Space shooter: Galaxy attack -
Site do dia
Google Earth reforça ferramenta Timelapse com imagens que remontam à Segunda Guerra Mundial -
How to TEK
Pesquisa no Google Fotos vai ficar mais fácil. É só usar linguagem “normal”
Comentários