A LG não tem a mesma máquina mediática que outras empresas tecnológicas e talvez por esse motivo muitos consumidores ainda não arriscam na fabricante. Outros já arriscaram e já desistiram porque o grande calcanhar de Aquiles da LG são as atualizações demoradas do sistema operativo - ainda que o G3 tenha sido uma exceção.
No entanto é preciso dar crédito à LG pelo que tem feito no mercado dos smartphones. Nos útlimos anos tem inclusive sido responsável por alguns dos melhores telemóveis inteligentes disponíveis, casos do G2 e do G3, e por equipamentos que trouxeram inovação e lufadas de ar fresco, como o G Flex e o G Flex 2.
Os equipamentos referidos foram - e ainda são - todos topos de gama. E agora chega o sucessor de todos eles e que acaba por ser uma mistura dos conceitos das duas linhas. A LG apresentou o G4, o seu melhor smartphone até à data e que tem como missão digladiar-se diretamente com os muito bem sucedidos Galaxy S6, S6 Edge, iPhone 6 e 6 PLus.
Fique a conhecer com mais detalhe o que tem este equipamento ao nível de especificações que o tornam um líder dentro do ecossistema Android.
Ecrã de altíssima resolução
O LG G4 tem um ecrã de 5,5 polegadas com uma resolução de 2.560x1.440 píxeis, o que totaliza uma concentração de 538 píxeis por polegada de ecrã. Mas desta vez a tecnológica asiática decidiu incluir um painel IPS com a tecnologia quantum dot, a mesma que a empresa vai começar a usar em alguns dos seus televisores.
Os pontos quânticos são cristais de dimensões muito reduzidas – entre os dois e os dez nanómetros – e que podem ter tamanhos diferentes dependendo das cores que vão reproduzir. Estes pontos podem ser controlados com grande precisão o que ajuda a reproduzir cores com maior fidelidade e realismo.
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A LG mostra assim que está apostada em “empacotar” as suas melhores tecnologias no telemóvel para criar a melhor experiência de visualização e consumo de conteúdos multimédia possível.
Processador de seis núcleos
O processador que equipa o LG G4 é um Qualcomm Snapdragon 808, um chip de 64-bits que tem um total de seis núcleos de processamento: dois a 1,8 GHz e quatro a 1,44 Ghz de velocidade de relógio.
À partida o processador deverá garantir uma utilização rápida e fluída do Android 5.1, o sistema operativo que vem com o telemóvel, assim como das aplicações que lá forem instaladas.
A acompanhar há uma unidade gráfica Adreno 418 que deverá garantir uma performance 20% melhor do que aquela conseguida pela geração passada, neste caso o G3.
Mas a questão que tem surgido é: porque não o processador Snapdragon 810 que é o topo de gama da Qualcomm? A LG garante que trabalhou de perto no desenvolvimento do chip 808 e que está otimizado para o LG G4.
O segredo deste processador está no desempenho quase semelhante ao “irmão” 810, mas que tem uma maior eficiência energética. E esse é outro dos trunfos do smartphone.
Sr. Fotografia
À medida que os consumidores tornam-se cada vez mais em produtores, de fotografias e vídeos, as empresas têm dado um grande destaque às máquinas fotográficas. E no LG G4 este é possivelmente o grande elemento diferenciador.
O sensor é de 16 megapíxeis, mas a lente tem uma abertura de F/1.8, um pouco melhor do que a lente F/1.9 que existe no Samsung Galaxy S6. À partida garante uma maior entrada de luz, cerca de 10%, e as fotografias noturnas deverão ter menos ruído.
Ao apostar nestas especificações, a LG estará também a garantir fotografias com um melhor sentido de profundidade, o que deverá produzir imagens de boa qualidade.
No vídeo é possível chegar até à resolução Ultra HD. E este smartphone até tem um ecrã que permite tirar partido de vídeos de altíssima definição.
Na câmara fotográfica há ainda a destacar o estabilizador ótico de imagem, a capacidade de deteação de fases, uma tecnologia de focagem que recorre a um laser e um duplo Flash LED para uma melhor calibração dos tons naturais.
A própria câmara é super-rápida na inicialização, devendo demorar pouco mais de meio segundo até estar pronta a “disparar”. E para os mais entusiastas da fotografia a LG incluiu um modo manual que permite controlar os diferentes parâmetros de uma composição fotográfica e que pode ser guardada em modo RAW - que mantém toda a informação original da fotografia.
O sensor fotográfico frontal também promete qualidade nas fotografias já que consegue imagens de oito megapíxeis e permite gravar em Full HD.
E dura, dura, dura…
A LG voltou a colocar uma bateria de 3.000 mAh no seu smartphone, tal como já tinha feito na versão anterior, mas ainda assim consegue estar à frente dos 2.600 mAh do Galaxy S6 ou dos 2.200 mAh do iPhone 6.
Prevê-se por isso uma autonomia de larga escala tendo em conta o conceito tradicional do smartphone.
O LG G4 permite ainda remover a bateria - algo que os principais rivais já não deixam -, algo que não fazendo diferença para muitos, agradará certamente aos mais puristas do ecossistema Android.
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Evolução do design
Ao nível do aspeto o LG G4 parece ser uma mistura do G3 e do G Flex 2, apresentando uma silhueta ligeiramente curvada num smartphone quase totalmente ocupado pelo ecrã.
O “toque” da mão é que já vai sentir diferenças, já que os consumidores poderão escolher qual o material da capa traseira do equipamento: pele, metal ou cerâmica.
O problema está nas cores, já que para o cinzento terá de ficar obrigatoriamente com o metal e para o branco terá de ficar com a cerâmica.
Outras especificações
O LG G4 vem com 32GB de armazenamento interno, mas tem ainda uma entrada para cartões microSD. No entanto, é possível expandir a capacidade de armazenamento além dos 2TB, já que este é o valor definido como máximo para os cartões de memória.
Ainda ao nível da memória, há a destacar os 3GB de RAM.
Se o LG G4 é melhor do que o Samsung Galaxy S6, o iPhone 6 Plus ou o HTC One M9, isso é uma questão que só será resolvida com os devidos testes de benchmark e com as análises de utilização durante o dia a dia.
Mas uma coisa é certa: lá promissor o LG G4 parece ser.
Nota de redação: Corrigida uma informação por indicação de um leitor
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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