O Facebook divulgou uma lista de alterações a nível de controlo da privacidade que permitem uma melhor gestão das publicações e atividades que são feitas na rede social. As novidades reveladas no blogue oficial da empresa destinam-se a utilizadores e programadores, e mostram uma maior preocupação da empresa de Mark Zuckerberg com questões relacionadas com a gestão dos conteúdos na plataforma.

A partir da próxima semana, altura em que as novidades ficam disponíveis, os utilizadores vão encontrar por exemplo, um ícone de um aloquete na barra superior do Facebook e que dá acesso aos atalhos de privacidade. A ideia é destacar as questões de "privacidade" em vez de levar o utilizador a navegar por diversas páginas diferentes para conseguir fazer alterações que digam respeito à proteção de dados.

O símbolo dá acesso a algumas perguntas como "Quem consegue ver as minhas coisas" e "Quem consegue contactar-me" que explicam aos utilizadores os limites e as fronteiras que a partilha de conteúdos pode atingir dentro da rede social, e permitem um ajuste das definições que melhor se adequem às intenções de cada facebookiano.

[caption]TeK Facebook Privacy Shortcuts[/caption]

"Acreditamos que quanto melhor o utilizador perceber quem pode ver os conteúdos que partilha, melhor fica a experiência no Facebook", escreveu Samuel Lessin, gestor de produtos na rede social.

As permissões a nível de aplicações também vão estar diferentes e vão poder ser geridas com mais escrutínio pelos utilizadores, sendo possível por exemplo, garantir permissão para aceder aos dados públicos do perfil e negar a publicação automática de conteúdos que muitas apps fazem. Esta é uma das novidades que também afetam os programadores, pois têm responsabilidades nos níveis de permissão das aplicações.

[caption]TeK Facebook apps permission[/caption]

Para os developers o Facebook preparou ainda uma modificação no tipo de linguagem que é usado nas janelas de pop-up de autenticação e permissão das apps, substituindo termos como "acesso a informação básica" por "acesso ao perfil público e lista de amigos". O objetivo é tornar mais simples e mais claro qual o tipo de dados a que cada app vai poder aceder.

[caption]TeK Facebook Developers[/caption]

Dentro deste esquema de "consciencialização" a rede social de Mark Zuckerberg vai começar a disponibilizar dentro da rede social algumas dicas de contextualização que pretendem lembrar aos utilizadores, em situações específicas, que a informação que partilharam há algum tempo ainda se encontra disponível.

[caption]TeK Facebook sugestions[/caption]

O histórico de atividades também vai sofrer uma remodelação. O Activity Log, uma ferramenta que foi introduzida em 2011, sofre agora uma primeira grande alteração no sentido de tornar mais fácil ao utilizar da rede social gerir a atividade que fez no Facebook ao longo do tempo. É possível pesquisar por categorias e encontrar publicações que estão disponíveis noutros perfis da rede social que não o próprio.

Uma das categorias de pesquisas é o das fotografias em que o utilizador está identificado. É também na área das imagens que o Facebook volta a reforçar o poder de controlo dos utilizador, através da introdução de uma ferramenta de remoção de várias fotografias em simultâneo. Caso encontre um conjunto de fotos noutro perfil no qual já não quer estar identificado, basta identificar as imagens em questão e o pedido de remoção é endereçado ao outro contato - é possível ainda acompanhar o pedido com uma justificação.

As mudanças foram reveladas na quarta-feira, poucos dias depois de a votação para "salvar as votações" dos utilizadores sobre mudanças na rede social, não ter reunido o número mínimo de participantes.

Na altura do anúncio da remoção desta ferramenta "democrática", a empresa norte-americana voltou a ser vítima de um coro de protestos que levantaram a questão da privacidade das pessoas registadas na plataforma, com receio de ficarem sujeitas a alterações negativas delineadas somente pelos responsáveis do Facebook.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico