A avaliar pelo espaço dedicado pelos retalhistas aos ecrãs de televisão LCD em qualquer loja e ao movimento de pessoas com ar intrigado não é difícil começar este artigo com algumas conclusões. Há cada vez mais gente interessada em mudar a qualidade de imagem lá em casa. Há muita oferta e alguma dificuldade em perceber as diferenças entre tantas propostas.
Andámos a pesquisar sobre o tema e podemos dizer-lhe desde já que muitas das características diferenciadoras entre produtos são mais vantagens adicionais do que propriamente diferenças gritantes ao nível da qualidade ou fiabilidade do produto. Claro que a investir, é sempre melhor escolher uma marca credível e dessa forma minimizar os riscos de não ficar satisfeito.
Começando pelo mais básico, é também bom que tenha em conta alguns aspectos práticos. O primeiro deles será o espaço disponível. Estas telas de cinema domésticas podem cobrir um aparador daqueles com espaço para todo o serviço de jantar e algumas pratas. Assim, o primeiro aspecto a ter em conta é onde vai pôr o seu equipamento e que espaço tem disponível para isso, sem esquecer que a parede também é uma opção.
A este nível, mais importante é ainda um aspecto que condicionará fortemente o partido que pode tirar do equipamento: a distância a que irá ficar da TV quando estiver confortavelmente instalado a desfrutar da sua nova qualidade de imagem. A máxima é a do costume. Não convém estar demasiado perto nem demasiado longe. Se o espaço for curto deve escolher um ecrã de dimensões menores. Se for muito, o inverso. Olhando para a gama de equipamentos hoje mais comum no mercado, a Philips dá a seguinte recomendação:
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Depois, é também importante saber que embora alguns meses depois de fazer o investimento possa vir a descobrir que o preço do modelo que escolheu desceu drasticamente, porque o mercado está em crescimento acelerado e há novos avanços a toda a hora, o seu investimento é duradouro. O tempo útil de vida de um LCD ronda as 60 mil horas o que, mesmo para uma utilização de 8 horas por dia, permitirá que a sua TV o acompanhe por quase duas décadas, caso não se farte dela antes.
Face aos equipamentos mais tradicionais os LCD (Liquid Crystal Display) mantêm as garantias de durabilidade. Acrescentam-lhe maior qualidade de imagem e eliminam, à partida, alguns constrangimentos. O consumo energético é menor - e a este nível é preciso dizer que os LCD também levam vantagem relativamente aos plasmas -, as hipóteses de distorção da imagem também e o brilho e contraste de imagem deixam de estar intimamente ligados às condições de luminosidade da sala, já que a tecnologia reforça estas características de base e em vários dos modelos no mercado permite uma regulação automática, caso a caso.
Para comparar vários produtos na loja deve ter em conta que só conseguirá uma conclusão relativamente fiável se todos estiverem em condições idênticas. Por exemplo, a exibir a mesma imagem, mantendo os parâmetros de fábrica e ligados a sistemas idênticos, como sejam o Blu-ray.
Em termos mais técnicos, a qualidade da imagem define-se pela combinação de pixéis entre linhas e colunas. O máximo é de 1.920 colunas por 1.080 linhas (Full HD). Deve considerar hipóteses a partir das 720 linhas. Numa abordagem mais prática, deixamos abaixo um conjunto de dicas que pode experimentar quando for à loja.
À vista desarmada:
Mais do que ir atrás de indicadores numéricos sem consenso científico pode ser importante pôr o olho a funcionar para reparar em alguns pormenores na comparação entre produtos:
- Verifique a naturalidade das imagens e o equilíbrio entre tons reais e cores brilhantes, prestando atenção ao tom de pele das pessoas
- Compare o detalhe das imagens e as definições de contorno
- Avalie o contraste entre o preço e o branco da imagem, quanto maior for mais perceptíveis são as diferenças entre as cores
- Repare na luminosidade total da imagem. Maior brilho significa imagens mais vivas.
O som é outra questão importante. O mínimo aceitável é de 20 Watts, para garantir uma boa intensidade áudio. Se não estiver a pensar em juntar ao investimento no LCD mais alguns euros para montar um sistema de home cinema, vale a pena ser exigente e escolher um modelo que junte às colunas convencionais tweeters e subwoofers. Ganha clareza no som melhores agudos e melhores graves, respectivamente e terá de facto a garantia de estar a levar a sala de cinema para casa, com direito a susto nas cenas de acção e tudo.
As dicas são resultado de alguma pesquisa. Não são exaustivas e podem ser complementadas com elementos mais práticos e que resultem da experiência de utilização. Está lançado o convite aos nossos leitores para que usem o espaço de comentários e partilhem outras recomendações úteis para quem está em processo de avaliação das várias possibilidades no mercado.
Cristina A. Ferreira
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