Quais são as razões que levam a querer substituir o PC por um smartphone? Podemos listar várias, desde questões práticas motivadas pelos momentos em que não temos o portátil disponível até à cada vez mais normal decisão de dispensar por completo o computador em casa, dada a falta de uso ou uma utilização tão ligeira que dispensa esse equipamento.

Neste caso, contudo, há uma especificação importante: estamos a referir-nos a substituir o computador de uma forma bastante evidente. Não em termos de utilização e necessidade de cumprir determinada tarefa final, mas sim no processo físico de ligar o terminal móvel a um ecrã externo – um monitor ou um televisor, na maior parte das vezes. E em alta definição, de preferência.

Por outro lado, se os métodos que existem permitirem usar um dispositivo que faz com que o smartphone assuma as funções e “formatos” de um computador portátil, tanto melhor. O objetivo, no fundo, passa por conseguirmos fazer com o telemóvel aquilo que normalmente fazemos com o computador.

O que mais faz é ver filmes, fotos e ir à Web? Esta é normalmente uma missão fácil para o seu terminal móvel. Trabalha essencialmente com o editor de texto e folhas de cálculo? A substituição ser mais difícil, neste caso, mas bastante possível de concretizar. Jogos? Dependendo do smartphone e do título em causa, não terá problemas.

Mas se a edição de vídeo em 4K, e outras tarefas profissionais mais complexas,  fazem parte do seu dia, a solução é mais complexa. Em certos casos, a substituição do PC pelo smartphone pode mesmo ser impraticável e colocará em risco a eficácia dos resultados. Mas pode sempre experimentar pelo menos um dos métodos que temos na galeria abaixo.

Como decerto notou, há uma diferença muito grande no que desejamos fazer, derivada da complexidade das tarefas a desempenhar. Enviar conteúdos multimédia de forma otimizada ou simplesmente espelhando o ecrã do terminal móvel no ecrã “maior” é relativamente fácil e linear; ter um ambiente de trabalho típico do PC com base nestas soluções, contudo, é mais complexo (e caro) de alcançar.

Mas, para que a substituição ocorra com relativo sucesso há dois aspectos que têm sempre de ser salvaguardados, além de ligações, adaptadores ou gadgets que estabelecem a relação direta com um ecrã (e para ir mais longe do que a mera reprodução de ficheiros multimédia).

Estamos a falar de um sistema operativo, programa ou interface que assuma o aspeto visual e funcionalidade do que vemos normalmente num computador; e de componentes razoavelmente rápidos e poderosos no interior do terminal móvel.

Aliás, se reparar bem e se for um utilizador intenso e exigente do smartphone e se tiver um equipamento de topo de gama, provavelmente irá constatar que este tem mais memória RAM do que o PC desktop que tem no escritório. E o processador também pode ser mais célere… Se assim for, é provável que consiga executar com o dispositivo móvel as mesmas tarefas que cumpre com o computador. Mas cada caso é um caso.

Acessórios importantes

Aqui, a ligação Bluetooth assume uma importância fundamental. E também as portas físicas – USB, HDMI, etc – que o gadget em causa possa disponibilizar. Nestes casos, a questão é simples: basta ligar o cabo certo e já está, depressa estamos a usar um rato e um teclado.

Mas quando o smartphone está sozinho na ligação ao ecrã externo, o processo tem de ser outro. Dispensando fios, nada nos impede de fazer o emparelhamento entre o terminal móvel e os periféricos compatíveis que quisermos. Ou seja, podemos imaginar um cenário em que temos o smartphone ligado a um adaptador como o que referimos na galeria acima, por exemplo, e acompanhado de um trio Bluetooth composto por rato, teclado e auscultadores.

Fica somente a falar uma forma de garantir a alimentação do terminal móvel, caso recorra um simples cabo de ligação ao ecrã externo, e uma interface de software capaz de adaptar-se ao que pretende fazer com base neste processo. De um modo ou de outro, as soluções que listamos mais acima têm a sua utilidade e interesse.

Vale a pena experimentar, principalmente se tem um smartphone topo de gama (bem equipado a nível de hardware) e dá um uso muito “ligeiro” ao seu computador já com uns aninhos.