Existem diversos browsers de internet disponíveis, com funcionalidades próprias, mas o mesmo princípio de navegar pela internet. O Edge é a solução mais acessível, no caso de ter o Windows 10, pois vem instalado como defeito. Mas talvez instale também o Chrome, pois é a ferramenta central do ecossistema da Google, com várias ferramentas da navegação. O Firefox e o Opera são também browsers muito conhecidos e utilizados, embora sem a força do ecossistema das gigantes tecnológicas. E depois há o Safari, este apenas para utilizadores dos equipamentos da Apple.
Todas estas opções são familiares, e até certo ponto de confiança, considerando as empresas que as operam. Mas ao mesmo tempo, são criticadas pela invasão de privacidade, por serem constantemente alvo de ataques de hackers, que tentam a todo o custo invadir as contas dos utilizadores para roubo de credenciais. E ao mesmo tempo, podem ser invasivos, despejando nos utilizadores publicidade não solicitada, colocando em causa o controlo de privacidade e segurança dos seus utilizadores.
É nesse sentido que surgiram novas propostas de browsers alternativos, que talvez tenha ouvido falar, nem que se apenas de nome, como o DuckDuckGo e o Brave. E até a Mozilla decidiu criar um browser para este segmento, o Firefox Focus. O objetivo é bastante comum entre os três. Para além de oferecer as habituais ferramentas de navegação, livro de endereços, etc., focam-se na privacidade, ou seja, barram qualquer tipo de intrusão não desejada, incluindo publicidade, os pop ups. E ao mesmo tempo são familiares aos utilizadores que costumam navegar pela internet em termos de opções.
Mais quais são as vantagens de um browser privado? O principal, como o nome indica, é que parte do principio de navegação em modo privado, ou incógnito, o que significa que as sessões de navegação não registam os websites que visitou. Assim, tornam-se eficazes em computadores partilhados, por exemplo, para que mantenha em sigilo a sua navegação. Outra vantagem diz respeito ao bloqueio de rastreadores, algo que normalmente é instalado como add ons nos browsers habituais, tais como os cookies e scripts que procuram proceder à identificação dos utilizadores e equipamentos, normalmente ligados à publicidade.
Conheça em mais detalhe cada uma das três propostas e como instalar:
Brave
O Brave procura oferecer uma navegação mais descentralizada, e na mais recente versão passou a suportar também acesso a endereços começados por ipfs://, em vez do habitual http:// dos navegadores habituais, suportando os protocolos de peer-to-peer. IPFS significa InterPlanetary File System. Qual a diferença? O IPFS elimina a necessidade de os websites estarem ligados a um servidor original central. Os especialistas defendem que esta pode ser a melhor forma de reformular a internet, ao colocar os utilizadores em primeiro plano.
O sistema promete velocidades mais rápidas, visto que os dados são distribuídos e alocados mais perto das pessoas que os querem aceder, para além de diminuir os custos em servidores das empresas ou criadores de conteúdos.
1 – Faça o download no seu website oficial (https://brave.com/download/ ) no caso do PC, ou nas lojas da Google Play para Android e App Store para iOS.
2 – Se desejar, faça a importação das marcações de páginas que tenha em outros browsers. Pode optar pelo que utiliza na caixa, ou importar diretamente de um ficheiro html.
3 – Durante a navegação, pode clicar no símbolo do leão, o logotipo do Brave, e ver os trackers que foram desativados automaticamente. Tenha em conta que certos websites podem depender da sua utilização, e caso a página abra com problemas ou simplesmente não apareça nada, pode facilmente desligar esta opção no respetivo slider.
4 – O Brave funciona na base de um sistema de recompensas, premiando os utilizadores com tokens. Trata-se de um sistema alternativo de recompensação de criadores de conteúdos, ao permitir aos utilizadores que visualizem anúncios que respeitam a sua privacidade. Pode adicionar fundos à carteira, ganhar emblemas a ver anúncios ou por vezes, podem ser oferecidos tokens. Para tal tem de registar-se no Brave.
5 – Os tokens fazem parte de uma carteira de criptomoedas e ativos relacionados com o Brave. Esta funcionalidade destina-se a utilizadores avançados, que tenham experiência ou estejam familiarizados com sistemas de blockchain.
DuckDuckGo
O DuckDuckGo tem vindo a ganhar mais popularidade nos últimos anos, sempre que se fala nas questões de privacidade durante a navegação. Não tem uma versão Desktop, mas sim uma extensão para o Chrome, como se “tomasse de assalto” o seu sistema, tornando o browser da Google livre do tracking e situações que violam a privacidade dos utilizadores.
A aplicação destaca-se por oferecer resultados, no seu motor de pesquisa, indexados pelo seu próprio sistema de procura. Assim, como está a navegar de forma privada, os resultados serão aqueles que os utilizadores desejam pesquisar, do que aquilo que as grandes empresas lhes querem vender. Na sua versão para smartphones, funciona como os habituais browsers, desde os atalhos de endereços, e no final da navegação, pode premir o botão da chama e apagar toda a sessão.
1 – No PC pode fazer o download da extensão para o Chrome no seu website oficial (https://duckduckgo.com/). Para sistemas Android encontre na Google Play ou iOS na App Play.
2 – Navegue normalmente pelos websites que desejar, no final da sessão prima o botão da chama ao lado da barra de endereço para apagar todo o histórico acumulado. Todos os separadores serão fechados e ainda recebe uma piada gratuita da mascote.
3 – Na barra de opções pode encontrar as ferramentas habituais, desde a adição de marcadores, aceder aos atalhos, partilhar páginas ou utilizar como principal.
4 – Um aspeto interessante deste browser, é que quando pesquisa por um endereço e é-lhe apresentado os resultados, a ferramenta “desconstrói” o website e apresenta os respetivos conteúdos mesmo sem entrar no mesmo. Ou seja, assume algumas ações do menu, e no caso do SAPO TEK, filtra as notícias, vídeos e imagens.
Firefox Focus
A solução da Mozilla não passou por transformar o seu browser clássico num centro de privacidade, mas sim criar uma versão especial para smartphones do browser. Pretende dessa forma oferecer uma navegação mais privada, funcionando de forma semelhante ao seu rival DuckDuckGo. Quando acabar a navegação pode premir um botão com o símbolo do caixote do lixo. E se por acaso abandonar a aplicação, receberá uma notificação para apagar o histórico.
Este browser utiliza o motor de pesquisa da Google ou do Safari, no caso de estar num iPhone, iPad ou outro equipamento da Apple, protegendo os utilizadores contra o rastreamento de dados, tornando a navegação privada, além de bloquear a publicidade indesejável que surja.
1 – Faça o download e instale o Firefox Focus em versões iOS e Android.
2 – No menu das opções pode verificar os rastreadores que são bloqueados durante a navegação. Caso seja necessário, deve desativar essa funcionalidade, se um website não abrir, por exemplo. Também pode ver as opções habituais de gestão de atalhos.
3 – O botão com o símbolo do caixote de lixo não só apaga todo histórico de navegação, como devolver o utilizador ao ecrã principal do Firefox.
4 – Caso abandone a aplicação a meio da navegação, vai receber uma notificação para eliminar o histórico.
O How To TeK é uma nova rubrica do SAPO TeK que pretende ajudar todos os utilizadores em tarefas simples (mas que parecem complexas) na utilização de computadores e telemóveis. Se tiver sugestões de truques que quer ver esclarecidos envie um email para geral@tek.sapo.pt.
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