A Google não quer anúncios enganadores e aplicações com esquemas implementados que levem à instalação de outras aplicações. Estes são apenas dois exemplos das novas regras impostas pela Google aos programadores com o objetivo de tornar a loja e o software do Google Play mais limpo e menos intrusivo.

Muitas aplicações, sobretudo na área dos jogos, usam uma estratégia de publicidade por pop-up - janelas que se abrem automaticamente - para gerar dinheiro. Quando o utilizador chega ao fim de mais um nível, por exemplo, de imediato aparece um anúncio que se carregado, encaminha para a página de outra aplicação para que o download desta seja eventualmente feito.

Além de intrusivos, estes estratagemas são enganadores já que muitas vezes o utilizador carrega nos anúncios por instinto e não por escolha própria. A tecnológica de Mountain View também não quer que os programadores simulem interfaces de outras apps que sejam conhecidas das pessoas como forma de "engodo".

Uma outra nova regra diz explicitamente que doravante as aplicações não vão poder enviar SMS sem o consentimento do utilizador. Este esquema era usado por apps fraudulentas, como o TeK detetou no ano passado na loja portuguesa do Android, mas também é usado por alguns programadores como tentativa de tornar as suas apps virais.

A Google está ainda a apertar as regras relativamente às aplicações com conteúdo para adultos. "Apps que contenham ou promovam a pornografia são proibidas; isto inclui conteúdos sexualmente explícitos ou eróticos, ícones, títulos ou descrições", diz a empresa. Como salienta o TechCrunch, uma pesquisa rápida pelo termo sexy na Play Store revela que há ainda um longo caminho a ser percorrido até que as novas regras sejam adotadas pelos developers.

As alterações surgem pouco tempo depois de terem circulado informações não confirmadas de que a Google também está a reforçar os níveis de segurança do Android a pensar no ambiente empresarial.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico