A loja do Android teve duas aplicações em destaque que violavam a propriedade intelectual da Nintendo. Os dois software em causa eram jogos: um emulador do Pokémon Esmeralda e um jogo de plataformas que recria o Super Mario. As apps estiveram em destaque no separador "Tendências".

O jogo emulado do Pokémon já foi entretanto retirado, mas o título que recria o Super Mario continua em destaque na mesma grelha. No caso do Adventure Kingdom o programador usa inclusive uma imagem alterada da personagem da Nintendo como ícone do software.

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Este jogo do Super Mario recria também o ambiente dos níveis dos títulos da tecnológica japonesa, mas acrescenta alguns elementos próprios como poderes ao estilo do Nyan Cat, um vídeo que se tornou um fenómeno viral da Internet.

As duas aplicações estiveram em destaque durante o dia de ontem, 29 de setembro. Os dois jogos estiveram também na posição 24 e 25 do separador "Principais Novidades Gratuitas" e amealharam em conjunto mais de 60 mil downloads.

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O TeK já contactou a Nintendo e a Google Portugal, mas nenhuma das empresas se pronunciou até à publicação do artigo. Este caso volta a revelar a falta de eficácia nos filtros de aprovação da loja de aplicações do Android. O caso ganha ainda mais relevância tendo em conta a estratégia que a fabricante de jogos e consolas adotou em não criar títulos para dispositivos móveis das suas franquias exclusivas.

O programador responsável pelo emulador do Pokémon Esmeralda tinha ainda outros títulos disponíveis no Google Play cuja propriedade intelectual pertence à Sony e à Sega - como os jogos do Crash Bandicoot e Sonic The Hedgehog - que entretanto também já desapareceram. Uma pesquisa no Google pelo nome de Scott Kulp permite ver que os links das aplicações ainda estão indexados no motor de pesquisas da empresa de Mountain View.

[caption]scott[/caption]

O caso surge algumas semanas depois de no Google Play para utilizadores portugueses ter aparecido uma aplicação fraudulenta nos separadores de destaque. Os prejuízos causados pelo software podem ter ascendido a vários milhares de euros já que por pessoa eram roubados no mínimo seis euros do tarifário.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico